Médicos suspendem atendimento a planos de saúde em SP
Ação desta quinta é protesto contra proposta de reajuste feita pelas operadoras
Os médicos do estado de São Paulo vão interromper nesta quinta-feira o atendimento a pacientes conveniados a planos de saúde. Serão paralisados os chamados atendimentos eletivos (consultas previamente agendadas) – o Conselho Regional de Medicina do estado (Cremesp) assegura que os atendimentos de urgência estão garantidos. A medida é um protesto contra as propostas de reajustes de honorário apresentadas pelas operadoras de saúde.
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O protesto desta quinta-feira foi organizado em parceria entre a Associação Paulista de Medicina (APM), o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e a Federação dos Médicos do Estado (Femesp). Na quarta-feira, médicos fizeram uma passeata na capital paulista para chamar atenção às reclamações da categoria.
Os médicos reivindicam aumento do valor da consulta para 80 reais; atualização do valor dos procedimentos de acordo com a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM); e regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual.
De acordo com Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), o balanço das queixas recebidas nos primeiros quinze dias do SOS Pacientes Planos de Saúde APM/Proteste (serviço 0800 para reclamações de problemas com planos de saúde), mostra o mau atendimento prestado pelas operadoras de planos de saúde. “Recebemos mais de 420 queixas relativas, principalmente, à demora no atendimento. Essas dificuldades têm levado muitas pessoas a recorrer ao SUS ou ao atendimento particular”, diz Meinão.