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Médicos lançam diretriz sobre piercings e tatuagens nos EUA

Pela primeira vez a Academia Americana de Pediatria lança recomendações sobre tatuagens, piercings e escarificação em adolescentes e jovens adultos

Por Da Redação
Atualizado em 18 set 2017, 15h57 - Publicado em 18 set 2017, 15h49

Nesta segunda-feira, a Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou na revista científica Pediatrics a primeira recomendação a respeito dos cuidados necessários com piercings e tatuagens em adolescentes e jovens adultos. A medida veio após a instituição notar um aumento da popularidade dessas modificações corporais em pessoas dessa faixa etária e julgar necessário orientar médicos sobre como tratar do assunto com esse público.

Um estudo de 2010 mostrou que 38% dos jovens entre 18 e 29 anos de idade tinham pelo menos uma tatuagem e 23% apresentavam piercings em outras partes do corpo – fora a orelha. “Tatuagens são muito mais aceitas hoje do que há 20 anos. Ao aconselhar adolescentes, eu recomendo que eles façam uma pesquisa e pensem bem sobre o quê e onde eles querem tatuar”, disse Cora Breuner, líder do relatório.

Orientação

Para os profissionais de saúde, a AAP recomenda que o assunto seja abordado de forma aberta em consultas com adolescentes e que, em caso afirmativo, tais modificações não sejam encaradas como um sinal de auto-mutilação. Em vez de repreendê-los, o ideal é orientá-los a discutir o assunto com seus pais ou algum adulto. Também é importante alertá-los sobre os cuidados e as possíveis consequências dessa atitude.

Cuidados e possíveis complicações

Antes de qualquer um desses procedimento, o ideal é que o adolescente ou jovem garanta que suas vacinas estão em dia e não tome nenhum medicamento que possa comprometer sua imunidade. Também é imprescindível procurar um lugar regulamentado, limpo e com boa reputação.

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O documento ressalta que complicações decorrentes de tatuagens são raras e pouco conhecidas, mas incluem infecções, queloides e até vasculite, uma rara inflamação nas veias. Entre os problemas causados por piercings estão infecções, dor, sangramento, cistos, reações alérgicas e cicatrizes. A escarificação, técnica de modificação do corpo que consiste em produzir cicatrizes no corpo através de instrumentos cortantes, pode ter consequências similares, principalmente se o profissional não tiver experiência.

Alguns sinais de que algo está errado e que um médico deve ser procurado são: vermelhidão, inchaço, pus ou secreção, febre, linhas vermelhas na pele e sangramento prolongado (no caso de piercings). Também é importante que o adolescente conte ao médico que a infecção ocorreu após ter colocado um piercing, para que o melhor tratamento possa ser definido com clareza.

Consequências

Embora essas modificações sejam mais aceitáveis socialmente, uma pesquisa de 2014 com cerca de 3.000 pessoas concluiu que 76% das pessoas acham que tatuagens ou piercings poderiam atrapalhar a chance de alguém conseguir um emprego.

“Na maioria dos casos os adolescentes só querem curtir a aparência de um piercing ou tatuagem, mas nós os aconselhamos a conversar com seus pais ou algum adulto antes de tomar qualquer decisão. Até porque, muitas vezes, eles não se dão conta do quão caro é a remoção de uma tatuagem [algumas centenas de dólares, segundo o relatório] ou como um simples piercing na língua pode resultar em um dente quebrado”, explicou David Levine, coautor do relatório.

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Modificação ou autolesão?

A diretriz busca também orientar os profissionais de saúde a distinguirem modificações corporais comuns, como piercings e tatuagens, de tentativas mais dramáticas e intensas de auto-mutilação. O problema, conhecido como síndrome da autolesão, inclui cortes, arranhões e até mesmo queimaduras provenientes de uma ação impulsiva ou compulsiva associada a problemas mentais.

 

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