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Medicamento para diabetes ajuda a proteger contra Parkinson

Pesquisadores da Inglaterra descobriram que a glitazona pode reduzir o risco de desenvolvimento do distúrbio

Por Da Redação
22 jul 2015, 14h28

Um medicamento utilizado no tratamento de diabetes pode reduzir o risco de desenvolvimento da doença de Parkinson. É o que diz um estudo publicado quarta-feira, no periódico científico PLOS Medicine.

A pesquisa revelou que os pacientes que tomam medicamentos a base de glitazona (rosiglitazona ou pioglitazona) tiveram uma incidência 28% menor de Parkinson, em comparação com as pessoas que utilizam outras medicações antidiabéticas.

As glitazonas acionam os receptores ativados por proliferador de peroxissoma gama (PPARy), encontrados no interior de células de diversos órgãos do corpo. No tratamento contra o diabetes, a ativação destes receptores leva à redução da resistência à insulina. Mas os pesquisadores descobriram que este receptor tem muitas outras funções, ainda pouco estudadas em seres humanos.

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Em experimentos anteriores, realizados em roedores, o efeito potencial de glitazonas sobre o Parkinson já havia sido demonstrado. Mas este é o primeiro estudo a mostrar a relação entre o uso do medicamente e a redução na incidência da doença em seres humanos.

A pesquisa – O estudo, realizado por pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, utilizou registros de saúde da Grã-Bretanha para analisar mais de 160 mil pacientes com diabetes. Indivíduos que tomavam glitazona (44.597 no total) foram comparados com até cinco indivíduos que utilizavam outras medicações (120.373 no total), pareados em idade, sexo, prática de cuidados primários e fase de tratamento do diabetes.

Todos os pacientes tiveram seus registros analisados de 1999 (ano em que as glitazonas foram introduzidas para o tratamento de diabetes) até 2013. Nenhum dos indivíduos havia sido diagnosticado com Parkinson no início do estudo.

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Os resultados mostraram uma redução de 28% na incidência de Parkinson entre as pessoas tomando glitazonas, em comparação com aquelas que tomaram outros remédios antidiabéticos. No entanto, a redução do risco da doença só foi identificada em pacientes que estavam tomando as glitazonas durante o estudo. Ou seja,os pacientes que já tomaram o medicamento, mas trocaram por outro tratamento, não foram beneficiados.

Os autores ressaltam que o estudo incluiu apenas pacientes que não tinham sido diagnosticados com Parkinson quando começaram a tomar glitazonas. Ainda não é possível, portanto, determinar se o medicamento retarda ou impede a progressão da doença. Eles também enfatizam que a medicação pode ser associada a efeitos secundários graves na bexiga e no coração.

“Embora nosso estudo tenha olhado apenas para as pessoas com diabetes, nós acreditamos que é provável que o efeito protetor da glitazonas também possa ser visto em pessoas sem a doença”, afirmou Ruth Brauer, uma das autoras do estudo.

(Da redação)

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