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Manter o mesmo médico reduz risco de morte, diz estudo

Entre as questões apontadas estão a facilidade na comunicação e confiança no profissional

Por Da Redação
Atualizado em 29 jun 2018, 17h09 - Publicado em 29 jun 2018, 16h57

Os pacientes que permanecem com o mesmo médico ao longo dos anos apresentam taxas de mortalidade menores, sugere estudo inglês publicado na revista médica BMJ Open. Informações da rede britânica BBC indicam que os benefícios se aplicam às visitas ao clínico geral ou especialistas, com resultados positivos em diferentes culturas e sistemas de saúde. Segundo os pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, que realizaram o estudo, o aspecto humano da prática médica tem potencial para salvar vidas, embora esteja sendo negligenciado.

O poder da continuidade

Muitos especialistas reconhecem que existem benefícios na continuidade das visitas com o mesmo médico. De acordo com o Royal College of General Practiotioners (RCGP), no Reino Unido, a continuidade dos cuidados é particularmente benéfica para pacientes com condições crônicas e problemas de saúde mental.

A pesquisa investigou os resultados de 22 estudos em nove países, incluindo Inglaterra, França, Estados Unidos, Canadá e Coreia do Sul. Segundo a análise, o contato com o mesmo médico durante cerca de dois anos significou menos mortes ao longo dos períodos estudados em comparação com outros pacientes. Os pesquisadores disseram que a manutenção das visitas com o mesmo médico são importantes e deveriam receber prioridade maior no planejamento da saúde.

No entanto, por causa do trabalho e outras atividades cotidianas, muitas pessoas acabam trocando de médico com frequência, pois não conseguem esperar pela próxima consulta, que pode demorar semanas para acontecer. Outro problema é a troca de plano de saúde, que pode não ser aceito pela clínica ou hospital pelo qual o médico atende.

Melhor comunicação

Segundo Philip Evans, um dos autores da pesquisa, quando o paciente recorre ao mesmo especialista, a comunicação é melhor uma vez que eles se conhecem e o médico entende as necessidades do paciente porque o acompanha a mais tempo. “Isso leva a uma melhor comunicação, satisfação do paciente, adesão ao aconselhamento médico e uso reduzido de serviços hospitalares”, explicou à BBC. Outro pesquisador afirmou que as pessoas compreendem a necessidade de uma boa comunicação com os médicos para que o tratamento, se necessário, possa ser prescrito com maior facilidade e precisão.

“Agora fica claro que é sobre a qualidade da prática médica e também uma questão de vida ou morte”, comentou o médico Denis Pereira Gray.

Na Inglaterra muitas clínicas já estão tentando abordagens diferentes, buscando designar uma equipe de profissionais de saúde, com especialistas e clínicos gerais, para que o acesso aos registros médicos seja facilitado e seja possível construir uma relação médico-paciente mais próxima, melhorando o tratamento.

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