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Leitos de UTI Covid saem de zona de alerta pela 1ª vez desde julho de 2020

Taxas de ocupação estão abaixo de 60% em todos os estados e no Distrito Federal, segundo balanço entre 6 e 19 de março

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 mar 2022, 18h45 - Publicado em 25 mar 2022, 18h43

Pela primeira vez desde julho de 2020, a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) está abaixo de 60%. Isso significa que todos os estados do país e o Distrito Federal estão fora da zona de alerta para o indicador. Os dados são do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira, 25, com dados entre 6 e 19 de março. A vacinação contra a Covid-19 é apontada pelos pesquisadores como responsável pela conquista.

Apesar do dado positivo, os pesquisadores alertam que não significa que a situação está sob controle e que a imunização deve avançar, principalmente entre os idosos, que precisam tomar o reforço, e as crianças de 5 a 11 anos.

“É importante a vacinação contra a Covid-19 para crianças, assim como as demais vacinas do calendário infantil. A população em geral, também deve realizar o esquema completo de vacinação”, afirmam. No Brasil, 82% da população recebeu a primeira dose, 74% está com a vacinação completa e 34% foi vacinada com a dose de reforço.

O grupo recomenda a manutenção das máscaras em locais fechados com grande concentração de pessoas, como o transporte público, e também por pessoas mais vulneráveis, como imunossuprimidos, gestantes e idosos.

No período avaliado, a queda nos indicadores de incidência e mortalidade por Covid-19 foi mantida com velocidade menor, o que pode indicar estabilidade na transmissão do vírus nas próximas semanas, no entanto, ainda com altas de incidência e mortalidade. Em relação ao período de 20 de fevereiro a 5 de março, ocorreu redução de 32% no número de casos. O número de óbitos caiu 35%.

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Os pesquisadores da Fiocruz destacam que a mudança do status de pandemia para endemia vai depender de indicadores, como letalidade, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) será a referência sobre o tema.

“Quando a ocorrência de formas graves que requerem internação for suficientemente pequena para gerar poucos óbitos, e não criar pressão sobre o sistema de saúde, será possível saber que se trata de uma doença para a qual se poderá assumir ações de médio e longo prazo sem precisar contar com estratégias de resposta imediata.”

Abaixo, os números da vacinação no Brasil:

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