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Jovens brasileiras criam “calcinhas menstruais” sustentáveis

Os modelos criados por estudantes gaúchas possuem três camadas de tecidos antimicrobianos e impermeáveis

Por Da Redação
16 nov 2017, 17h49

Um trio de estudantes de engenharia química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) lançou uma nova marca de calcinhas menstruais, peças íntimas reutilizáveis que absorvem a menstruação.

Motivadas pela falta de produtos do gênero no mercado brasileiro, Raíssa Kist, de 23 anos, Nicole Zagonel e Francieli Bittencourt, ambas com 25, criaram a marca Herself a partir de um financiamento coletivo no final de 2016 pelo site Catarse, que superou a meta de arrecadação em 50%. Ao todo, mais de 340 pessoas ajudaram o grupo a arrecadar 46.000 reais.

Em março deste ano, o projeto se transformou em uma empresa e já tem como carro chefe dois modelos de calcinhas menstruais sustentáveis, que possuem três camadas de tecidos antimicrobianos e impermeáveis, impedindo o vazamento e a proliferação de bactérias – mais confortáveis que os absorventes convencionais.

“Entramos em contato com algumas mulheres para entender incômodos e como elas vivem a menstruação no dia a dia, e percebemos que havia uma busca por novas soluções nessa área. As mulheres não estavam satisfeitas com os absorventes, mas por comodismo e falta de opções, acabavam recorrendo a eles”, disse Raíssa em entrevista à BBC Brasil.

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Desenvolvimento do projeto

A ideia surgiu enquanto as colegas participavam de um curso de capacitação sobre negócios socioambientais e decidiram estudar soluções sustentáveis para o mercado cosmético, que reduzissem o uso de descartáveis.

Com a repercussão nas redes sociais sobre a experiência positiva da nutricionista e apresentadora Bela Gil, que passou a utilizar uma calcinha menstrual importada dos Estados Unidos, as meninas perceberam que havia um forte sinal para esse nicho no Brasil.

Além disso, nos questionários que elas fizeram com o público-alvo, muitas mulheres relataram dificuldade em utilizar os coletores menstruais, copinhos de silicone de uso interno, outro método reutilizável que tem ganhado popularidade. As calcinhas viriam como uma alternativa para essas mulheres.

Outras marcas

Fora do país, já existem algumas marcas fabricantes de calcinhas menstruais impermeáveis. A marca Pantys chegou no país este ano e a Thinx, marca usada por Bela Gil, é vendida nos Estados Unidos.

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Por enquanto, as três estudantes estão distribuindo as novas calcinhas como recompensa àquelas que contribuíram com o financiamento coletivo. Em dezembro deste ano, a marca lançará um site para a venda das calcinhas para o público geral.

A fabricação 100% brasileira é algo que as jovens pensaram em fazer desde o início do projeto, seja pela mão de obra e pela necessidade de adaptar o produto ao nosso clima. “Compramos os produtos do exterior para conhecê-los, mas lá fora o corte das calcinhas é mais largo e tem a cintura mais baixa, e o corpo [das estrangeiras] também é diferente. Pelo clima tropical do Brasil, a calcinha tinha que ser mais fininha e leve”, explicou Raíssa.

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