O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou neste sábado, 12, que as 3 milhões de doses antecipadas da vacina da Janssen — braço farmacêutico da Johnson & Johnson — estão previstas para chegar ao Brasil na próxima terça-feira, 15, pela manhã. O montante passou por aprovação da Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos.
O lote de vacinas chegará ao Brasil, porém, com prazo de validade próximo a ser atingido — a data final é 27 de junho. E, portanto, essas aplicações, diz Queiroga, devem ser utilizadas em moradores das capitais brasileiras. Na sexta-feira, 11, A farmacêutica entrou com pedido na Anvisa para que seja revisado o prazo de durabilidade dos fármacos. Passando de 3 meses para 4 meses e meio. A agência brasileira também informou ontem que a FDA já aprovou essa flexibilização no prazo. O uso emergencial dessa vacina aos brasileiros está liberado desde março.
O Ministro afirmou que as vacinas da fabricante terão um desconto de 480 milhões de reais, monta que corresponde a 25% do valor total orçado para a compra de 38 milhões de unidades garantidas pela pasta do governo federal. Essa redução, foi dito ao longo da entrevista coletiva, foi revista pela própria farmacêutica.
Dose única
A vacina da Jansssen conta com um trunfo quando comparada a outros fármacos em uso no Brasil: ela foi desenvolvida para ser aplicada em única dose. Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca, atualmente aplicadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), necessitam de duas etapas para chegar à imunidade completa.
A farmacêutica e o governo federal têm fechado um acordo que prevê a entrega de 38 milhões de doses até o final deste ano. O restante, que totalizam 35 milhões de doses, só devem chegar ao Brasil no último trimestre do ano. A Johnson & Johnson também realizou testes de fase 3 do antígeno no Brasil.
Confira o avanço da vacinação no Brasil: