A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou a primeira morte causada pela hepatite aguda de origem desconhecida, monitorada pela entidade e que tem atingido crianças e adolescentes. Até o último dia 21, foram registrados 169 casos em 11 países e 17 pacientes precisaram de transplante de fígado. Existe a possibilidade de relação entre os casos e episódios de adenovírus, mas as causas são investigadas.
O alerta sobre os casos de hepatite em crianças foi feito pela OMS em 15 de abril, quando havia relatos no Reino Unido, Irlanda e Espanha. Agora, há registros também em Israel, Estados Unidos, Dinamarca, Holanda, Itália, Noruega, França, Romênia e Bélgica. Testes laboratoriais descartaram os tipos A, B, C, E e D (quando aplicável).
A hepatite é uma inflamação que atinge o fígado e, na maioria dos episódios, é causada por vírus, mas pode ter relação com uso de substâncias tóxicas, incluindo medicamentos, consumo de álcool, doenças hereditárias e distúrbios autoimunes. Os principais sintomas são icterícia (cor amarelada na pele ou nos olhos), diarreia, dor abdominal e vômito.
Segundo a OMS, o adenovírus, que pode causar doenças respiratórias e gastrointestinais, foi detectado em ao menos 74 casos e, em 20, o SARS-CoV-2, causador da Covid-19, estava presente. A entidade informou que havia 19 casos de coinfecção por SARS-CoV-2 e adenovírus. Os países estão realizando testes toxicológicos e clínicos nos pacientes para identificar as possíveis causas do problema.
A OMS destacou que os casos não têm relação com a vacina contra a Covid-19, “pois a grande maioria das crianças afetadas não recebeu a vacinação”.