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Gripe fora de época: problema se estende pelo ano todo e ainda há tempo de se vacinar

Casos de influenza cresceram em algumas áreas do Brasil, chamando atenção para imunização abaixo das metas; estudo atesta papel da vacina de alta dose em idosos

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 dez 2025, 11h03 • Atualizado em 11 dez 2025, 11h20
  • Foi-se o tempo em que a gripe – e outras doenças virais supostamente “de época” – ficava confinada ao período de outono e inverno. Casos recentes de infecção por influenza A no país, sobretudo na região Sudeste, mostram que o cuidado com o problema deve ser perene. E ele passa inevitavelmente pela vacinação.

    Ocorre que as taxas de imunização contra a gripe estão abaixo das metas. O que só torna boa parte da população ainda mais vulnerável à enfermidade e suas potenciais complicações. Não é exagero: a infecção pode ser fatal, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas ou imunidade comprometida.

    “O vírus da gripe não circula apenas no outono e inverno. Embora esses sejam os períodos de maior incidência, ele está presente durante o ano todo, podendo até gerar surtos, como vimos em dezembro de 2022”, explica a geriatra Maisa Kairalla, presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

    “Além disso, o Brasil apresenta grandes variações climáticas, incluindo temperaturas mais baixas e chuvas intensas em meses como dezembro e fevereiro. O que só reforça a importância de manter o esquema vacinal em dia, ainda mais para o público idoso”, prossegue a médica e colunista de VEJA SAÚDE. 

    Ainda é tempo de se vacinar

    Todo ano, o Ministério da Saúde inicia, no outono, a campanha de imunização contra a gripe, convocando inicialmente os mais suscetíveis a quadros graves, como idosos, gestantes, crianças e indivíduos com doenças crônicas. Mas, para quem não tomou sua dose anual (e muita gente não tomou), a picada continua sendo uma medida útil, segura e eficaz.

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    “A imunização fora da época crítica da gripe, que tradicionalmente ocorre no outono e inverno, também tem grande importância”, ressalta Kairalla. Postos de saúde ainda disponibilizam a fórmula incorporada pelo SUS, uma vacina que protege contra as três principais cepas do vírus influenza, mesmo a cidadãos que não se encontram nos grupos de risco.

    Ocorre que, para os idosos, há uma versão mais potente no mercado, por ora restrita à rede privada. Trata-se da vacina quadrivalente de alta concentração – ela atua contra quatro tipos de vírus da gripe e é turbinada para ter maior efeito.

    Desenvolvida pelo laboratório Sanofi, a Efluelda (seu nome comercial) é hoje a indicação número 1 do Guia de Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) para a vacinação anual entre o público 65+.

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    “Na impossibilidade de acesso a essa formulação, deve-se utilizar a vacina disponível e, em situações epidemiológicas de risco, pode-se considerar uma segunda dose a partir de três meses após a dose anual”, orienta Kairalla.

    “Além disso, viajantes para o Hemisfério Norte ou brasileiros que vivem na Região Norte do país, dependendo da vacina disponível e da compatibilidade com as cepas circulantes, podem se beneficiar de uma dose extra do imunizante”, prossegue a especialista.

    Um estudo publicado recentemente na revista médica The Lancet, baseado em dados de mais de 466 mil europeus acima de 65 anos, concluiu que a vacina de alta dose resultou em 32% menos hospitalizações em comparação com o produto padrão.

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    Defesa para os pulmões e o coração

    A vacinação contra a gripe não arma uma proteção apenas para o sistema respiratório, reduzindo o risco inclusive de pneumonia. Pesquisas mostram que resguarda as artérias e o coração – um efeito ainda mais significativo entre os idosos.

    “Vírus e bactérias desencadeiam respostas inflamatórias que podem levar a complicações como miocardite e instabilizar as placas de gordura, causando a obstrução de vasos sanguíneos”, expõe o cardiologista Múcio Tavares de Oliveira Junior, professor livre-docente da Faculdade de Medicina da USP. É o estopim para situações de alta gravidade, como infarto e AVC.

    “Em um estudo constatou-se que o risco de ter um infarto durante os sete dias de um quadro de influenza confirmado por laboratório foi seis vezes maior que nos demais dias do ano”, cita o médico.

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    A vacina contra a gripe, sobretudo a de alta dose, ajuda justamente a blindar o corpo dessas ameaças. “Em um ensaio clínico com mais de 2 500 pacientes que já tinham sofrido um infarto, houve uma redução de 41% no risco de morte na comparação entre aqueles que tomaram a vacina e o grupo que recebeu o placebo”, ilustra Oliveira Junior.

    Sim, uma picada por ano pode evitar muitos dissabores. Já tomou a sua?

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