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Exercícios de força e aeróbicos podem reduzir mortalidade do câncer em 28%

Estudo ressalta que atividades físicas de força diminuem as mortes em 14%. Se forem combinadas com exercícios aeróbicos, o benefício dobra

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 out 2021, 14h55

Um estudo publicado no jornal especializado International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity aponta que praticar exercícios físicos de força muscular associados a atividades aeróbicas regularmente pode diminuir significativamente a mortalidade por câncer. Em uma revisão sistemática de estudos epidemiológicos sobre o assunto, os autores chegaram à conclusão que fazer exercícios como prancha, agachamento e remo reduz em 14% a mortalidade pela doença. Quando essas atividades são combinadas com outras do tipo aeróbica, porém, o benefício é ainda maior: 28% menos óbitos. “Encontramos evidências de que atividades de fortalecimento muscular não só podem reduzir a incidência e a mortalidade por câncer como têm um efeito ainda melhor quando associadas a atividades aeróbicas, como corrida, caminhada, natação ou ciclismo”, disse Leandro Rezende, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

Pesquisas epidemiológicas baseadas em dados populacionais têm evidenciado que os exercícios físicos em geral reduzem o risco de sete tipos de câncer: mama, cólon, endométrio, estômago, esôfago, rim e bexiga. Na análise da Unifesp, a prática de exercício de força muscular também pode reduzir em 26% o risco de câncer de rim.

Vale ressaltar que o estudo da Unifesp vai ao encontro  da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere a prática de 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica moderada por semana, ou de 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica vigorosa (ou uma combinação equivalente de intensidades) para adultos. Também são recomendados exercícios de fortalecimento duas vezes por semana. “A OMS se baseia em uma série de benefícios à saúde proporcionados pela atividade física. E nós vimos, entre os estudos analisados, que a redução do risco de câncer é mais um desses deles”, afirmou Rezende à Agência FAPESP.

Na opinião do pesquisador, a maioria dos estudos sobre atividade física e prevenção do câncer costuma se concentrar em exercícios aeróbicos. Já as pesquisas relacionadas a exercícios de força avaliam, normalmente, ganho de massa muscular ou fatores específicos, como regulação da pressão arterial e resultados cardiovasculares. “Há quatro anos fizemos um estudo que associava exercício de força à redução do risco de câncer. Nesse meio tempo foram sendo publicados outros estudos e achamos interessante fazer uma revisão sistemática dessa literatura para avaliarmos a totalidade de evidências sobre essa relação”, conta Rezende. “Com a análise, no entanto, conseguimos ir além e mostrar que os benefícios do exercício de força muscular na redução da incidência e mortalidade de câncer podem ser ampliados quando associado à prática de atividades físicas aeróbicas”, acrescenta.

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Ao todo, foram analisados 12 estudos, sendo 11 coortes – que envolvem grandes grupos de voluntários seguidos por período predeterminado – e um caso-controle, estudo observacional retrospectivo, com a participação de um total de 1.297.620 indivíduos, acompanhados em projetos que duraram de seis a 25 anos. A pesquisa foi feita por meio de uma Bolsa de Iniciação Científica concedida a Wilson Nascimento e contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade Harvard (Estados Unidos), Universidade Internacional de Valência (Espanha), Universidade Pública de Navarra (Espanha) e Universidade de Santiago (Chile).

C0m Agência Fapesp

 

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