Uma nova ferramenta para auxiliar no diagnóstico de etapas iniciais da Doença de Alzheimer, condição que atinge a parte cognitiva e tira a autonomia de idosos, chegou ao Brasil. Trata-se de um exame de sangue lançado pela rede de saúde integrada Dasa e indicado para casos de comprometimento cognitivo leve ou suspeita de demência.
A tecnologia é semelhante à aprovada no início deste mês pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, que faz a detecção das placas amiloides, acúmulo de proteínas que interfere no funcionamento das células cerebrais. Com a técnica, é possível evitar a coleta de líquor por meio de pulsão lombar, um procedimento invasivo. Segundo a Dasa, o novo exame custa, em média, um terço do valor dos testes disponíveis.
Após a coleta, é realizado um processo chamado espectrometria de massas, que detecta moléculas em pequenas concentrações, para identificar os tipos 40 e 42 da proteína beta-amiloide – principal biomarcador da doença -.
“Sabemos que o diagnóstico precoce possibilita desacelerar a progressão da doença e garante mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família”, afirma Gustavo Campana, diretor médico da empresa, em comunicado.
O Ministério da Saúde estima que 1,2 milhão de brasileiros têm Alzheimer, mas parte expressiva ainda não recebeu o diagnóstico. Perda de memória recente, desorientação no tempo e no espaço, perda de iniciativa e de motivação, sinais de depressão e agressividade são alguns sintomas da doença.