Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Etíope é eleito novo diretor da OMS

O etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus será o primeiro africano à frente da Organização Mundial da Saúde

Por Da redação
24 Maio 2017, 14h19
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus foi eleito, na terça-feira, novo diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa é a primeira vez que um africano estará à frente da agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU). Ghebreyesus recebeu 133 votos dos 185 estados membro e substituirá a chinesa Margaret Chan, que está há 11 anos à frente da agência e concluirá seu mandato no dia 30 de junho.

    Publicidade

    Ghebreyesus concorreu contra o inglês David Nabarro e a paquistanesa Sania Nishtar. A seu favor, estavam o fato de que, desde 1948, jamais um africano liderou a agência e ele se apresentou como uma pessoa que transformou a saúde de seu país, enquanto foi ministro dessa pasta entre 2005 e 2012.

    Publicidade

    No entanto, sua candidatura foi alvo de polêmica. Seu país é um dos regimes autoritários do continente africano e Adhanom foi seu chanceler de 2012 a 2016. Entidades como a Human Rights Watch o recriminam por fazer parte do núcleo duro do regime autoritário do país, acusado de violações de direitos humanos e repressão pela própria ONU. Um grupo de 20 entidades escreveu para a OMS pedindo que seu nome não fosse considerado. Sua campanha ainda contou com acusações de que ele tentou abafar três epidemias de cólera, enquanto foi ministro da Saúde.

    Continua após a publicidade

    O Brasil foi um dos países que apoiou a Ghebreyesus. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a opção pelo africano foi baseada em sua visão para a OMS.  Eu conversei com todos os candidatos. Eu achei que ele era a pessoa que estava mais alinhada com a visão que temos de como a OMS deve atuar”, disse o ministro.

    Publicidade

    Outro ponto que interessa ao Brasil é o de manter a influência na África e, para isso, precisa também mostrar solidariedade com candidatos para postos internacionais. “Ele é uma pessoa que nos interessa, por nossa relação com a África.”m afirmou Barros.

    Despedida

    Em seu discurso de despedida, na segunda-feira, Margaret Chan, atual diretora da OMS, fez um mea culpa diante das falhas da entidade ao responder às epidemias mundiais. “O mundo teve menos sorte com o zika”, disse. Sobre o ebola, ela não deixou dúvidas de que reconhece seus erros. “Ele pegou todos de surpresa, inclusive a OMS”, admitiu.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    “A OMS foi lenta em reconhecer que o vírus poderia se comportar de forma muito diferente de surtos anteriores”, disse. “Isso ocorreu sob minha administração e sou responsável”, insistiu.

    Mas ela defendeu que sua administração fez as correções necessárias e que as doenças foram controladas. Sua meta: evitar que isso se repetisse. “A historia julgará se o mundo estará melhor preparado para lidar com novas emergências”, disse. Segundo Chan, o “mundo está melhor preparado, mas ainda não de forma suficiente” para lidar com novas epidemias.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.