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Estudo de mundo real comprova que vacina é superior à imunidade natural

Taxas de morte por todas as causas e internações hospitalares para indivíduos vacinados contra a Covid-19 foram 37% menores

Por Diego Alejandro
16 dez 2022, 20h09
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  • Em um dos primeiros grandes estudos de mundo real comparando a capacidade de vacinas de prevenir a Covid-19 versus a imunidade natural, que adquiriram após ter a doença, na proteção contra morte, hospitalizações e visitas ao pronto-socorro, pesquisadores do Regenstrief Institute, Indiana University School of Medicine e Vanderbilt University Medical Center comprovaram que pessoas de todas as faixas etárias se beneficiaram significativamente mais com a vacinação. Especialmente para adultos com 60 anos ou mais, onde se deu a menor taxa de mortalidade. Um estudo de mundo real (Real World Evidence, em inglês) se refere aos dados de saúde coletados de forma observacional, fora do âmbito de estudos clínicos.

    Segundo a pesquisa, as taxas de morte por todas as causas e internações hospitalares para indivíduos vacinados foram 37% menores do que os índices daqueles com imunidade natural. A taxa de visitas ao pronto-socorro, por qualquer causa, foi 24% menor. “Embora a incidência de infecção tenha sido maior nos receptores da vacina (6,7%) do que em indivíduos previamente infectados (2,9%), o imunizante protegeu contra doenças graves, enquanto a imunidade natural não conferiu o mesmo benefício”, disse o autor do estudo e vice-presidente do Regenstrief Institute, Shaun Grannis.

    “Como quem se vacinou era mais propenso a contrair Covid-19, a menor taxa de mortalidade, provavelmente, se deu à vacinação e não a uma tendência de evitar riscos, como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social”, explica Gannis.

    As informações coletadas foram extraídas da Indiana Network for Patient Care, uma das maiores trocas de informações de saúde dos Estados Unidos. Relatórios de óbitos do estado de Indiana também foram analisados. “Este estudo tem implicações importantes para a saúde pública, pois os anteriores investigaram atendimentos de emergência, hospitalizações e mortalidade específicos para Covid-19, mas deixaram de fora aqueles que não eram”, disse o co-autor e cientista do Instituto Regenstrief, Wanzhu Tu.

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