Diretor da OMS condena bombardeio a hospital em Gaza que matou 500
Tedros Ghebreyesus voltou a pedir que civis do território palestino sejam poupados da guerra e reversão da ordem de evacuação
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) , Tedros Adhanom Ghebreyesus, emitiu um posicionamento nesta terça-feira, 17, condenando o bombardeio ao Hospital Árabe Al Ahli, na região norte da Faixa de Gaza, que causou a morte de, ao menos 500 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.
“Nós apelamos pela proteção imediata dos civis e aos serviços de saúde e pela reversão das ordens de evacuação”, disse, em sua conta no X (antigo Twitter). Na semana passada, em meio ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o exército israelense estipulou um prazo para que a população do norte do território da Palestina se deslocasse para o sul.
.@WHO strongly condemns the attack on Al Ahli Arab Hospital in north Gaza.
Early reports indicate hundreds of deaths and injuries.
We call for the immediate protection of civilians and health care, and for the evacuation orders to be reversed.#NotATarget— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) October 17, 2023
Em comunicado, o Ministério da Saúde palestino afirmou que o hospital foi atingido em um ataque aéreo coordenado por Israel e acusou o país de estar praticando um crime de guerra. O exército israelense emitiu nota informando que “hospitais não são alvo” e disse que episódio será apurado.
Segundo o escritório da OMS na Palestina, o hospital era um dos 20 da região norte que receberam ordens para evacuação dos militares de Israel e tinha não apenas pacientes e profissionais de saúde, mas pessoas que estavam abrigadas após abandonarem suas casas.