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Dia do sexo: Pesquisa decifra preferências da geração Z nos relacionamentos

Com dados de aplicativo de namoro e do renomado Instituto Kinsey, pesquisa indica interesse por monogamia e por realização de fantasias, como BDSM

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 set 2024, 17h30

A cada nova geração, abre-se um leque de curiosidades sobre suas características, preferências e limites que vão ultrapassar. Não tem sido diferente com a hiperconectada geração Z, dos nascidos entre 1997 e 2012, atualmente no centro do escrutínio até na sua forma de se relacionar. Na semana em que se celebra o Dia Mundial da Saúde Sexual e o Dia do Sexo (6/9), o Instituto Kinsey da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, lançou um relatório para mostrar que os jovens de 20 e poucos anos flertam com a monogamia e demonstram fluidez em identidades de gênero, e também se interessam pela realização de fantasias sexuais, como o BDSM, conjunto de práticas consentidas identificadas pelo acrônimo bondage, dominação, submissão e masoquismo.

A pesquisa utilizou dados de estudos da instituição e de um aplicativo de namoro chamado Feeld e comparou com tendências de outras gerações, como millennial, geração X e boomer (1946 a 1964).

O que mais chamou atenção dos pesquisadores foi o choque entre os mais jovens e os mais velhos em relação às preferências para relacionamentos. Enquanto a geração Z gostam da ideia de monogamia, os boomers expressaram atração pelo que foi chamado de “estrutura casual de amigos com benefícios”, a amizade colorida.

Na genZ, a monogamia foi citada por 23% dos participantes e 15% indicaram preferir um relacionamento aberto. Em relação aos que “fantasiam” um relacionamento monogâmico, o índice chegou a 81%, com 44% admitindo fazer isso com frequência. O percentual é quase o dobro das outras gerações.

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“Sua abertura para explorar maneiras mais fluidas de ser, juntamente com uma afinidade inesperada pela monogamia, sugere uma geração que está simultaneamente desafiando e abraçando a tradição”, disse, em comunicado, Justin Lehmiller, membro do Instituto Kinsey que colaborou com o estudo.

No que diz respeito à fluidez sexual e de gênero, os achados com base no aplicativo coincidiram com uma tendência observada pelo instituto de que os jovens têm mais abertura para explorar e aderir a mudanças. Assim, 59% afirmaram que têm identidade sexual diferente da heterossexual e 18% se identificaram como “gênero diverso”. Outros 10% afirmaram que mudaram de identidade desde que começaram a usar a plataforma.

Fantasias sexuais

Ainda de acordo com os dados do app, 55% dos usuários da geração Z descobriram novas fantasias sexuais, o maior índice entre as faixas analisadas. Foram 49% entre os millennials, 39% na geração X e 33% nos baby boomers.

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Os pesquisadores destacaram que 56% dos jovens relataram fantasias BDSM, as práticas de dominação e submissão, ante 12% dos boomers.

 “O que também é impressionante é como, em comparação com a média nacional, a comunidade Feeld parece estar muito mais aberta para explorar, definir e redefinir quem eles realmente são, o que ajuda a avançar nosso trabalho de compreensão de para onde a sexualidade e os relacionamentos estão indo dentro de um contexto cultural mais amplo”, conclui Lehmiller.

O que vale para qualquer geração é que o sexo e suas descobertas precisam de consentimento, intimidade e, em todas as relações, camisinha.

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