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Dermatite atópica: SUS passa a oferecer tratamento integral para a doença

Novas pomadas beneficiam pacientes resistentes às drogas disponíveis

Por Da redação*
28 Maio 2025, 11h00

Três portarias publicadas nesta terça-feira, 27, no Diário Oficial da União ampliam o tratamento para dermatite atópica pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os documentos oficializam a incorporação, na rede pública, de duas pomadas para a pele – tacrolimo e furoato de mometasona – além de um medicamento oral para o tratamento da doença, o metotrexato.

Em nota, o Ministério da Saúde destacou que o tacrolimo tópico e o furoato de mometasona poderão ser usados para tratar pessoas que não podem usar corticoides ou que tenham resistência aos tratamentos até então disponíveis. “A ampliação de acesso ao tacrolimo tópico para os pacientes do SUS é um benefício relevante já que, por ser um medicamento de alto custo, seu acesso era mais restrito.”

Segundo a pasta, o metotrexato será indicado nos casos de dermatite atópica grave, sobretudo entre pacientes que não podem usar a ciclosporina, medicamento já disponibilizado na rede pública. Dessa maneira, os pacientes passam a ter a sua disposição drogas para tratar, desde as fases iniciais até as mais severas da doença, de forma mais personalizada e, idealmente, com menos efeitos colaterais. Veja abaixo as principais características de cada droga, de acordo com o Ministério:

  • O tacrolimo tópico será oferecido nas concentrações de 0,03% e 0,1%.  Trata-se de uma pomada que garante tratamento de lesões em áreas sensíveis, como o rosto, pois reduz a permeabilidade da pele e melhora a barreira cutânea. Ele funciona diferentemente dos corticoides que podem causar efeitos adversos significativos com o uso prolongado;
  • O furoato de mometasona 0,1%, em forma de pomada, promove alta adesão ao tratamento por sua eficácia na regeneração da pele sensível, auxiliando na cicatrização e proporcionando alívio rápido. A incorporação desse medicamento fortalece a linha de tratamento oferecida pelo SUS, que passa a atender diferentes idades e fases da doença e pacientes com restrições ao uso de outras substâncias. Confira  portaria SECTICS/MS, nº 18, de 12 de maio de 2025;
  • Já o metotrexato, medicamento oral, é um imunossupressor e atua na modulação da resposta inflamatória. Ele ajuda a controlar as crises da doença e ainda reduz a necessidade do uso contínuo de corticosteroides sistêmicos, que apresentam efeitos colaterais com o uso prolongado.

Entenda

Doença não contagiosa, a dermatite atópica é uma condição genética e crônica caracterizada principalmente por inflamação, coceira intensa e pele ressecada, que afeta especialmente as áreas de dobras do corpo, como a parte frontal dos cotovelos, atrás dos joelhos e o pescoço. “É uma das formas mais comuns de eczema, prevalente na infância, embora também possa surgir na adolescência ou na fase adulta”, detalhou o ministério

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Em crianças pequenas, a face também é uma área frequentemente afetada pela dermatite atópica. “A doença pode variar muito de paciente para paciente, com diferentes intensidades e respostas aos tratamentos”, completou a pasta.

Além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes por meio da diminuição de dores, as novas medidas também devem melhorar o aspecto psicossocial. Como a doença pode deixar feridas visíveis na pele, os indivíduos acometidos costumem enfrentar estigmas e preconceitos.

*com Paula Laboissière da Agência Brasil

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