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Dengue: Saúde divulga estratégia para vacinação com doses do Butantan

Montante com 1,3 milhão de doses deve estar disponível até o fim de janeiro de 2026 e prioridade será para grupos mais expostos; entenda

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 dez 2025, 12h46 • Atualizado em 9 dez 2025, 13h02
  • O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira, 9, a estratégia de vacinação com o recém-aprovado imunizante contra a dengue do Instituto Butantan. Profissionais da Atenção Primária e pessoas com 59 anos vão receber as primeiras 1,3 milhão de doses, montante que deve estar disponível até o final de janeiro de 2026. Com a chegada de mais doses, haverá um escalonamento até chegar às populações mais jovens.

    A definição do grupo prioritário que vai receber a vacina de dose única Butantan-DV, a primeira a ser produzida por um laboratório nacional, foi feita pela Câmara Técnica de Assessoramento de Imunização (CTAI), que avaliou critérios clínicos e epidemiológicos em reunião no início deste mês.

    “A vacinação já começa com a produção do Butantan, que vai disponibilizar volume suficiente para iniciarmos a imunização dos profissionais da atenção primária em todo o país. Estamos falando de agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos que atuam nas unidades básicas e visitam diariamente as famílias em seus domicílios. A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais”, explicou o ministro da Saúde Alexandre Padilha.

    Segundo a pasta, a maior escala de produção será viabilizada pela empresa chinesa WuXi Vaccines por meio de uma parceria com o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan.

    Nesta segunda-feira, 8, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou o registro da vacina, que foi classificado, em nota, como “um marco para o enfrentamento da dengue no Brasil”.

    Atualmente, o único imunizante disponível no Sistema Único de Saúde é a Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, voltada só para a população de 10 a 14 anos, e que vai continuar sendo aplicada mesmo com a incorporação da Butantan-DV.

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    Avaliação da vacina em Botucatu

    O Ministério informou que uma avaliação sobre os impactos da vacinação em massa será realizada na cidade de Botucatu, no interior de São Paulo, por meio da aplicação das doses na população de 15 a 59 anos.

    A ação é inspirada em um estudo com a vacina da covid-19 que também foi aplicada em massa no município. A meta é imunizar até metade da população para verificar se a proteção resulta em controle da doença. Cidades com a predominância do sorotipo 3 da dengue também serão avaliadas para adoção da estratégia.

    Eficácia da vacina do Butantan

    A vacina contra a dengue do Butantan utiliza a tecnologia de vírus vivo atenuado e foi testada no público de 2 a 59 anos, demonstrando segurança e eficácia (leia mais abaixo). Um recorte dos dados com a população de 12 a 59 anos também foi feito e os estudos de fase 3 demonstraram eficácia geral de 74,7%, de 91,6% contra dengue grave e de 100% contra hospitalizações pela doença.

    O instituto já produziu 1 milhão de doses da Butantan-DV para entrega para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e outras 100 milhões estarão disponíveis para o Ministério da Saúde nos anos de 2026 e 2027, das quais 30 milhões estarão à disposição no ano que vem. A produção do imunizante é resultado de parceria entre o Ministério da Saúde, o Instituto Butantan e o laboratório chinês WuXi.

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    “Mesmo com o registro, o Butantan deverá dar continuidade aos estudos adicionais da nova vacina e fazer o monitoramento ativo de seu uso pela população em geral”, informou a Anvisa.

    Vacina contra dengue do Butantan

    O imunizante contra a dengue em teste no Instituto Butantan é fruto de uma parceria com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que compartilhou as quatro cepas virais do imunizante e conduziu a fase 1 dos testes com humanos entre 2010 e 2012. A fase 2 ocorreu no Brasil entre 2013 e 2015. O Butantan coordenou os testes de fase 3 com 16.235 participantes todos avaliados pelo instituto até completar cinco anos de acompanhamento desde a entrada no ensaio.

    O imunizante é feito com os quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) em sua forma atenuada. Dessa forma, estimula a produção de anticorpos pelo indivíduo sem causar a doença. Ele foi testado com uma população de 2 a 59 anos formada por pessoas que já foram infectadas e também que ainda não tiveram contato com o vírus.

    Em testes de fase 3, a Butantan-DV demonstrou 79,6% de eficácia geral para prevenir episódios de dengue sintomática, resultado que foi publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine. Outro ensaio, também de fase 3 e publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, apontou que a vacina tem capacidade de proteção de 89% contra episódios graves e com sinais de alarme da doença, além de eficácia e segurança contra o vírus por um período de cinco anos.

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    Uma versão quadrivalente da vacina contra a dengue seria importante para conquistar altas coberturas vacinais, tendo em vista que a adesão pode diminuir quando mais doses são necessárias para garantir a proteção. Além disso, estar protegido contra um sorotipo não impede a pessoa de ser infectada com outro e uma nova infecção tende a ser mais grave.

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