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Cresce o uso do canabidiol no esporte para alívio de dores

Os esportistas que buscam ajuda em produtos com essa base esquentam o debate sobre o composto extraído da maconha

Por Alexandre Salvador Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jun 2020, 10h46 - Publicado em 12 jun 2020, 06h00

Substância extraída da folha da maconha, o canabidiol revolucionou o tratamento de doenças como a epilepsia e outras síndromes que afetam o sistema nervoso central. Mesmo sabendo que o CBD, sigla pela qual é mais conhecido o composto, não tem efeito psicotrópico — quem faz isso é o THC, outro substrato da cannabis — e não é viciante, ainda há quem ofereça resistência aos supostos benefícios (sim, é consenso a necessidade de estudar mais a fundo todos os seus efeitos no corpo humano). Nos Estados Unidos, porém, já é possível comprar (sem receita médica) diversos produtos à base de CBD. São óleos, cremes e balas comestíveis, cujas propriedades terapêuticas podem aplacar uma série de problemas de saúde, entre eles a dor crônica e inflamações. Segundo os defensores do CBD, o preparado é mais seguro que analgésicos, principalmente aqueles à base de opioides, que provocam, sim, dependência. Diante de tamanho barulho, é cada vez maior o grupo de pessoas que passaram a adotar o canabidiol em sua rotina diária, entre elas os esportistas de alto rendimento. A jogadora de futebol dos Estados Unidos Megan Rapinoe, bicampeã do mundo, usa. A lenda do golfe Tiger Woods, dizem os colegas, masca chicletes que contêm canabidiol.

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“Vejam só, o skatista maconheiro estava na vanguarda”, brinca o skatista brasileiro Bob Burnquist, dono de catorze medalhas de ouro dos X Games, títulos equivalentes ao de um campeonato mundial da modalidade, e que milita há tempos a favor do uso medicinal da maconha — tanto que está abrindo em solo americano a marca própria de CBD, a Farmaleaf. “Já quebrei mais de quarenta ossos do corpo. Se ainda hoje estou competindo, aos 43 anos, é por causa do tratamento que faço à base de plantas”, diz. Antes que alguém levante o dedo para dizer que um atleta deve sempre jogar limpo, um aviso: desde 2017 a Wada, agência mundial antidoping, tirou o CBD da lista de substâncias proibidas. “É uma falácia dizer que atleta não usa drogas. Qualquer medicamento é uma droga. E quase todo atleta usa muitos medicamentos para controlar dores e inflamações”, afirma a médica Paula Dall’Stella, pioneira na prescrição de cannabis medicinal no Brasil. “O processo contínuo de treinamento, de levar o corpo ao limite, causa grande stress ao organismo.” Se já está claro que o esporte de ponta nem sempre é sinônimo de saúde e bem-estar, podemos dar ao CBD, ao menos, o benefício da dúvida.

Publicado em VEJA de 17 de junho de 2020, edição nº 2691

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