Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Covid-19: o (perigosíssimo) crescimento dos movimentos antivacina

Os grupos ganharam força divulgado ideias, como a de que os imunizantes são venenos. Eles são, na verdade, a forma mais eficaz de frear a pandemia

Por Adriana Dias Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jun 2020, 16h03 - Publicado em 25 jun 2020, 15h53

O movimento antivacina voltou a tona para militar agora contra o desenvolvimento de imunizantes para a Covid-19. O grupo ganhou força na internet, divulgando ideias estapafúrdias, como as de que a vacina será puro veneno e que os laboratórios vão, na verdade introduzir chips no corpo das pessoas.

Um exemplo recente é o vídeo Plandemic, que acumula desde maio milhões de visualizações no YouTube e em outras plataformas. Entre os dados falsos expostos, está que “as vacinas mataram milhões de pessoas”. O vídeo destaca ainda uma lista de substâncias presentes nos imunizantes (fenoxietanol, cloreto de potássio e outros), como se fossem tóxicos  – o que também não é verdade. Essas publicações são acompanhadas por milhares de comentários de usuários da internet, muitos assegurando que não pretendem ser vacinados contra a Covid-19.

Os grupos antivacina não são novos, mas a pandemia contribuiu para torná-lo visíveis novamente. Eles nasceram nos Estados Unidos, no fim da década de 90, a partir de um estudo fraudado pelo médico  Andrew Wakefield, relacionando a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, com o autismo. Anos depois, o médico foi processado por fraude, conspiração e teve a licença cassada, mas o estrago já estava feito.

O movimento chegou a influenciar na cobertura vacinal de 2019 contra sarampo no mundo todo, inclusive no Brasil. No mesmo ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) os incluiu  em seu relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global, porque “ameaça reverter o progresso feito no combate às doenças evitáveis por meio de vacinação”.

Continua após a publicidade

As vacinas, lembre-se, são a forma mais eficaz, senão a única, de frear a pandemia da Covid-19. Cinco laboratórios estão em fase final de desenvolvimento de um imunizante, atualmente. Há pelo menos 130 grupos de trabalho mergulhados na elaboração de um imunizante. Cinco deles em fase final. Um deles, da Universidade de Oxford, começou a testar o produto em voluntários brasileiros.

Com AFP

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.