Um levantamento realizado por VEJA com dados entre 4 e 10 de julho apontou que quinze estados brasileiros reduziram o acréscimo de novas mortes em decorrência do novo coronavírus, quando comparados com os sete dias anteriores, de 27 de junho a 3 de julho. Outros onze registraram aumento. A maior variação, no entanto, ocorreu no Distrito Federal, que saltou de 111 novas mortes em sete dias para 213, um número 91,9% maior.
Considerando as regiões brasileiras, também há discrepância no avanço de mortes por Covid-19. Norte e Nordeste, por exemplo, diminuíram o avanço de novas mortes em 22,5% e 6,8% respectivamente. O Sudeste apresentou uma baixa mais moderada, na casa dos 1,2%. Já as regiões Centro-Oeste e Sul registraram fortes altas de novas vítimas nos últimos sete dias com taxas em 34,2% e 43,4% maiores, respectivamente.
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No quesito novos diagnósticos positivos, o cenário é parecido, Norte, Nordeste e Sudeste reduziram seus patamares atingidos anteriormente, com variáveis baixando entre 2,1% (Sudeste) e 11,3% (Nordeste). Já o Sul e o Centro-Oeste apontaram altas em aproximadamente 23%.
Se decidirmos esticar a lupa até o estado que diminuiu em maior proporção o número de novas mortes no período, chegaremos a Roraima. Entre 23 de junho e dia 3 deste mês foram 85 novas vítimas fatais registradas na região, mas o número foi reduzido para 35 notificações de óbitos considerando os dados entre 4 de julho e o dia de hoje. Trata-se de uma queda de 58,8%.
Cabe também uma atenção a São Paulo, sobre o qual o governador do estado, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira, 10, ter chegado ao platô de mortes, ou seja, a estabilização do registros de vítimas fatais pela doença. A variação dos últimos sete dias foi de 1,1% mais mortos do que o período anterior. Em números totais, isso quer dizer que aproximadamente 1.700 pessoas morreram por Covid-19 na área, em média, quando comparamos os dois últimos períodos de sete dias.
No Rio de Janeiro, os novos diagnósticos ficaram estabilizados em cerca de 10.400 novas notificações nas duas semanas anteriores. Já o número de mortes acrescidas apresenta uma relevante queda de 14,6%, com números totais acumulados em sete dias caindo de 913 para 780.