Covid-19: Como tornar as máscaras de proteção mais eficazes
Pesquisadores da Johns Hopkins determinaram que o distanciamento é fundamental e que quem pratica exercícios deve redobrar os cuidados
Utilizar a máscara de proteção virou rotina após o início da pandemia do novo coronavírus no mundo. Um estudo realizado em parceria pelas universidades americanas Johns Hopkins e do Mississippi desenvolveu um modelo matemático para determinar como o acessório pode ser mais eficaz. A pesquisa mostrou que quanto maior o distanciamento social, menor a chance de haver contaminação.
“Se você dobra a distância em relação a outra pessoa, praticamente dobra a sua chance de estar protegido contra o vírus. Este tipo de escala pode ajudar a informar qual orientação tomar [durante uma conversa]”, explicou o engenheiro mecânico da Johns Hopkins Rajat Mittal, um dos autores do documento, ao site especializado em ciência Scitech Daily.
Usando o modelo matemático estabelecido, os pesquisadores determinaram que a proteção contra a transmissão aumenta com o distanciamento físico em uma proporção aproximadamente linear. Pode parecer óbvio, mas tal raciocínio não havia sido cravado objetivamente até então.
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A pesquisa reafirma que até mesmo o uso de máscaras descartáveis mais simples já é eficaz contra o vírus. Há uma ressalva sobre os indivíduos que praticam atividades físicas. Eles possuem um aumento na respiração e espalham mais gotículas ao se comunicar, o que causa maior chance de transmitir o vírus.
“Também mostramos que qualquer atividade física que aumente a taxa de respiração pessoas aumentará o risco de transmissão”, disse Mittal. “Essas descobertas têm implicações importantes para a reabertura de escolas, academias ou shoppings”.