Covid-19: após apagão de dados, governo recua e retoma boletins às 18h
De acordo com os técnicos do Ministério da Saúde, não haverá recontagem de mortes e casos
![](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/06/2020-06-08T132246Z_349059799_RC215H9K4YZ0_RTRMADP_3_HEALTH-CORONAVIRUS-USA-NEW-YORK.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O Ministério da Saúde realizou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 8, para explicar os sucessivos problemas envolvendo a divulgação de dados epidemiológicos da pandemia do novo coronavírus. Desde a última semana, os números têm saído atrasados, incompletos e até incorretos.
Após a repercussão internacional causada pelos episódios, a pasta recuou e voltará a publicar os novos casos e óbitos por volta de 18h, diariamente. Para isso, haverá coleta de números em secretarias regionais até às 16h. Os dados estarão alinhados com informações coletadas e divulgadas pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
O boletim divulgado hoje, às 18h, que contavam 679 mortes e mais 15.654 novos casos não levaram em conta os dados de Alagoas e Santa Catarina, que não encaminharam informações a tempo.
De acordo com a pasta, haverá mudança na metodologia da filtragem. Os óbitos e casos, por exemplo, terão informações que apontem o dia em que ocorreram, não somente do dia da notificação, como ocorrem hoje. Os especialistas da pasta, no entanto, afirmaram que acreditam ser possível superar o já tradicional atraso de notificação dos diagnósticos e mortes confiando na ampliação da capacidade de análises dos laboratórios centrais dos estados. O secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, afirmou que não haverá recontagem de casos.
Há ainda a promessa de lançamento de uma nova plataforma interativa . O site deve ocupar o espaço deixado pelo painel anterior suspenso e modificado no último fim de semana — com a retirada de dados relevantes, como o número total de mortes, casos e as curvas diárias da doença.