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Coronavírus no Brasil: tire dúvidas sobre risco de contaminação e sintomas

Quais os sintomas? Que tipo de álcool em gel funciona? A partir de qual idade existe risco de morte?

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 mar 2020, 11h18 - Publicado em 26 fev 2020, 12h30

Veja abaixo algumas das principais dúvidas sobre como proceder com a chegada do vírus no país.

Veja também:
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Coronavírus: 10 mitos sobre prevenção e tratamento

Quais os sintomas da doença?
Os mais prevalentes são febre baixa, tosse e falta de ar. Alguns pacientes apresentam coriza e diarreia. Casos graves podem evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave e insuficiência renal. Ressalte-se, contudo, que são ocorrências comuns a diversas enfermidades — daí a importância de sempre procurar orientação médica.

O que devo fazer se tiver os sintomas da doença? Quais autoridades devo avisar?
O paciente que apresentar os sintomas e que tenha visitado uma das áreas de surto ou entrado em contato com pessoas recém-chegadas deve procurar o pronto-socorro. Em grandes centros de saúde ocorre o que é chamado de fast-track (uma via rápida em inglês). Nele, as pessoas que apresentam esses sintomas recebem atendimento prioritário e uma máscara de proteção. Cabe ao centro de saúde avisar as autoridades sanitárias responsáveis.

O fato de ser verão reduz o risco de contaminação?
Sim, os vírus respiratórios têm maior taxa de transmissão com tempo seco e no frio. Principalmente porque há maiores aglomerações de pessoas em ambientes fechados, sem ventilação natural. Como o Brasil passa por um verão com alta umidade, a propagação do vírus pode ser menor do que em outros países do hemisfério norte.

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O Brasil está preparado para lidar com um surto do novo coronavírus?
Acredita-se que sim. Já ocorreram outras epidemias de doenças respiratórias no país, caso do H1N1, e foi possível responder à altura. Outro ponto favorável foi o tempo que levou para o vírus chegar até o país, houve prazo para, por exemplo, criar uma legislação específica para as ações que devem ser tomadas a cerca da doença. Os próximos passos neste primeiro momento da infecção serão cruciais, principalmente para identificar e isolar os primeiros doentes.

O único paciente com o diagnóstico positivo no país foi liberado para casa, onde deve manter o isolamento. Como deve ser o procedimento quando há um caso na família?
O paciente deve ficar em um ambiente que não seja compartilhado, um quarto, por-exemplo. Também deve evitar transitar muito por áreas comuns, caso da cozinha. Caso o faça, deve usar máscara. A internação só é indicada para pacientes graves, com quadros de risco. Com o aumento dos diagnósticos positivos, se ocorrer, fica inviável isolar todas as pessoas em um hospital. O isolamento em casa feito de forma correta é de extrema importância.

Como se prevenir do contágio do vírus? Álcool em gel funciona?
Neste momento, já é indicado evitar aglomerações. A melhor medida é lavar as mãos constantemente (com intervalos entre duas e três horas). Caso tenha frequentado ambientes com grande fluxo de pessoas — como metrôs, ônibus e trens — a orientação é fazer a higiene das mãos imediatamente. Caso não haja uma pia com água e sabão disponíveis, o álcool em gel pode ajudar. Uma vez com as mãos limpas, não há problema em tocar o rosto, do contrário, deve-se evitar.

Máscaras faciais devem ser usadas ou é exagero?
As máscaras devem ser usadas por quem está doente. Para os pacientes saudáveis é duvidoso se trará alguma mudança no risco de infecção. Para os infectados, a orientação geral é trocar o item a cada duas horas, isso porque o tecido de proteção é umedecido conforme o usuário respira e dessa forma perde a eficácia.

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A partir de qual idade existe maior risco de morte?
A letalidade do vírus ocorre com maior frequência entre pacientes idosos e portadores de doenças crônicas. A taxa geral de mortalidade é de 2,3%, exceto no grupo de risco, onde é um pouco mais alta (14% entre pessoas com mais de 80 anos, por exemplo).

 

Fonte: Celso Granato, infectologista e diretor clínico do laboratório Fleury e Organização Mundial da Saúde (OMS).

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