Coronavírus: Nova Zelândia completa 100 dias sem transmissão doméstica
Autoridades do país, no entanto, pedem que a população mantenha protocolos de higiene e façam testes para detectar a doença
![A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/05/000_1rq8cg.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A Nova Zelândia marcou 100 dias sem transmissão doméstica do novo coronavírus neste domingo, 9, mas alertou a população para que não abra mão de cuidados redobrados já que países como Vietnã e Austrália, que já tiveram o vírus sob controle, agora lutam contra o ressurgimento de infecções.
A luta bem-sucedida da Nova Zelândia contra Covid-19 tornou a nação insular do Pacífico, com 5 milhões de habitantes, um dos lugares mais seguros do mundo atualmente.
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Os neozelandeses voltaram à vida normal, mas as autoridades estão preocupadas com o comportamento de pessoas que recusam-se a fazer os testes para identificação do vírus, não usam os aplicativos de rastreamento de contatos lançadios pelo governo e chegam a ignorar as regras básicas de higiene.
“Alcançar 100 dias sem transmissão para a comunidade é um marco significativo, no entanto, como todos sabemos, não podemos ser complacentes”, disse o diretor-geral de Saúde, Ashley Bloomfield.
“Vimos no exterior a rapidez com que o vírus pode ressurgir e se espalhar em lugares onde antes estava sob controle e precisamos estar preparados para eliminar rapidamente quaisquer casos futuros na Nova Zelândia”, disse.
A Nova Zelândia tem 23 casos ativos em instalações de isolamento gerenciado e 1.219 diagnósticos confirmados da doença desde o início da pandemia.
O Vietnã, que passou três meses sem detectar nenhuma transmissão doméstica, agora está correndo para controlar um novo surto na cidade costeira de Da Nang.
A segunda maior cidade da vizinha Austrália, Melbourne, está em um bloqueio de seis semanas devido a um aumento nos casos. A segunda onda de casos em Melbourne foi em grande parte resultado de falhas na quarentena.
A Nova Zelândia aumentou na semana passada os testes em instalações de quarentena e clínicas e começou a trabalhar em tecnologia para rastrear pessoas usando a tecnologia bluetooth.
Jacinda Ardern, a atual primeira-ministra do país, deu início à sua campanha de reeleição no sábado, chamando-a de “eleição de Covid”.
Um ressurgimento de casos devido ao cansaço da população ao manter regras de distanciamento e monitoramento, no entanto, poderia desencadear uma onda negativa à Jacinda e dar à oposição uma chance de voltar à disputa eleitoral.
(Com Reuters)