Coronavírus: Leitos de UTI em SP lotam em maio, diz secretário da Saúde
Segundo José Henrique Germann, os leitos que ainda serão entregues devem atingir seu limite até o final de julho
Os leitos de UTI disponíveis atualmente no estado de São Paulo atingirão seu limite em maio, de acordo com o secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann. Os novos leitos, que ainda serão entregues, lotarão até o final de julho.
“Nós vivemos de cenários. Nós temos de entender que se mantivermos esse grau de isolamento e distanciamento social, podemos inferir que provavelmente teremos uma lotação dos leitos de UTI a partir do mês de maio. […] Temos duas reservas de leitos: uma que deve se esgotar até o final de maio e a outra até o final de julho”., disse Germann, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira 15.
Falta de equipamentos
De acordo com o coordenador do Centro de Contingência para o Coronavírus, David Uip, a falta de equipamentos também é um problema. “Esse é o grande gargalo. Não é só o leito de UTI. É o que compõe o atendimento do doente grave, que pode começar na enfermaria e ir até a alta após a permanência na UTI. Por que o stress? Porque você precisa ter equipamento, não só o respirador; equipes de saúde treinadas e protocolo.” reforçou Uip.
Segundo Uip, o doente grave fica, em média, 14 dias na UTI. O doente grave que evolui para óbito fica, em média, mais de 3 semanas. “Então todos esses cenários compõem as expectativas que nós sugerimos ao secretário do ponto de vista de composição de novos leitos. Quais são os limites e os limites que provavelmente serão resolvidos aqui no Brasil.”
Casos em São Paulo
Até terça-feira 14, o estado de São Paulo tinha 9.371 casos e 695 óbitos confirmados por coronavírus. Em coletiva de imprensa realizada na terça-feira, a Secretaria de Saúde de São Paulo afirmou que mais de 2.000 pacientes estão internados devido à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Atualmente são 1.111 pessoas em leitos de UTI e 1.042 em enfermarias.