A taxa de isolamento social no estado de São Paulo chegou a 59% no último domingo 12, de acordo com o governador João Doria. Um aumento de quase 20% em relação aos 47% registrados na última quinta-feira 9. Vale ressaltar que essa não foi a primeira vez que o índice de 59% de isolamento foi registrado no estado. No domingo anterior 5, o mesmo índice foi registrado.
No entanto, isso ainda precisa melhorar. De acordo com Doria, o desafio é ultrapassar a barreira dos 60% e chegar aos 70%. O nível é considerado ideal pelo governo do estado para para frear o avanço da doença em São Paulo.
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Clique e Assine“O esforço que fizemos no final da última semana e a orientação do governo do estado de São Paulo e das prefeituras que compõe os 645 municípios do estado de São Paulo deu certo. Subimos de 47% para 59%, foi o isolamento social aferido ontem. […] Quanto melhor e maior for o isolamento mais rapidamente sairemos desta crise e voltaremos ao normal, por isso a convicção de que tudo vai passar, mas vai passar se nós pudemos ajudar”, disse Doria.
Alguns municípios do estado já conseguiram superar a taxa de 60% de isolamento social neste domingo. São eles: São Bernardo do Campo (60% de isolamento social), São José dos Campos (61%), Osasco (62%), Guarulhos (63%) e Mogi das Cruzes (64%).
Os dados de adesão à quarentena são do sistema de monitoramento inteligente criado pelo governo do estado em parceria com quatro operadoras de telefonia. Ele utiliza a geolocalização de smartphones para avaliar pontos de aglomeração no estado.
Nesta segunda-feira 13, Doria disse que agentes da Vigilância Sanitária irão visitar comércios e outros estabelecimentos não essenciais que estão abertos em meio às medidas de distanciamento social instauradas no estado para conter a infecção pelo novo coronavírus. A ação vai contar com apoio da Polícia Militar e usará dados do sistema de monitoramento para localizar pontos de aglomerações urbanas e pedir a dispersão das pessoas.
A medida é uma solução mais leve à cogitada pelo governador na última quinta-feira, quando disse que poderia usar a Polícia Militar para garantir que a população respeite o isolamento social determinado no estado. Se nós não elevarmos para mais de 60% na próxima semana, a prefeitura [da capital] e o governo tomarão medidas mais rígidas. Eu queria evitar isso porque medidas mais rígidas significam que as pessoas poderão receber não só multa, advertência, mas também voz de prisão”, disse Doria. O governador foi amplamente criticado por essa declaração, que foi considerada uma postura autoritária, e chegou a ser alvo de um protesto na Avenida Paulista neste fim de semana.
No início da coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes nesta segunda-feira 13, Doria disse que “nunca um governador de São Paulo desejou limitar o direito de ir e vir, mas não faremos nenhum estímulo para que as pessoas possam se aglutinar presencialmente deliberadamente ou não e desrespeitar as orientações de quarentena e desrespeitar o direito à vida.”
Casos em São Paulo
O estado de São Paulo é o epicentro da infecção por coronavírus no Brasil. De acordo com a Secretária de Estado da Saúde, no domingo foram confirmados 8.755 casos e 588 óbitos no estado. Entre os casos confirmados, 836 pessoas estão internadas em unidade de terapia intensiva (UTI) e 901 em enfermaria. A boa notícia, de acordo com o secretário de Saúde do Estado de São Paulo José Henrique Germann, é que 1.524 pacientes já se recuperaram da infecção por coronavírus.
No Brasil, no domingo 12, foram confirmados 22.169 casos por coronavírus e 1.223 óbitos.