Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Covid-19: documento traz orientações no tratamento do paciente com câncer

Criada pelo Hospital Albert Einstein, diretriz tem como objetivo evitar que pacientes oncológicos tenham complicações com o novo coronavírus

Por Alexandre Senechal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 abr 2020, 23h10 - Publicado em 17 abr 2020, 16h09

O Hospital Albert Einstein criou um documento com as melhores práticas e tratamentos para evitar que pacientes com câncer sejam expostos e tenham complicações com o novo coronavírus. Por fazer parte do grupo de risco, eles devem passar por cuidados especiais para evitar a contaminação e um agravamento do quadro. Para produzir o documento, uma equipe de mais de 20 médicos utilizou estudos realizados no mundo todo e disponibilizou uma orientação para ajudar a guiar equipes de saúde de todo o país.

A diretriz, obtida com exclusividade por VEJA, trata dos cuidados que os médicos devem ter com cinco tipos de tumor: o de pulmão, o de mama, o genitourinários (bexiga e próstata), os gastrointestinais (colorretais, pâncreas, estômago e esôfago) e os ginecológicos (ovário e útero). O estudo não trata de outros locais do corpo por ainda não haverem pesquisas conclusivas e não existir um consenso sobre quais os melhores tipos de prática.

Clique aqui para acessar o documento e tirar suas dúvidas

“É o primeiro documento feito sobre o assunto e que engloba o cuidado do paciente com câncer de modo completo, tratando sobre as áreas cirúrgicas, de radioterapia e de tratamentos sistêmicos”, afirma Fernando Maluf, oncologista do Hospital Albert Einstein e o responsável por conduzir a elaboração da diretriz.

Maluf explica que a equipe médica produziu o documento para oferecer um maior cuidado oncológico aos pacientes e minimizar a aglomeração em hospitais, já que existem formas de retardar os procedimentos ou de controlar medicamentos via oral para que eles não precisem sair de casa e, assim, não fiquem expostos a Covid-19. Se um paciente com câncer adquire o vírus, as chances de infecção e agravamento no quadro de saúde dele são muitos maiores.

Continua após a publicidade

“Fizemos um levantamento muito elaborado sobre o que foi publicado na literatura mundial. Temos exemplos de pacientes com câncer de mama que podem fazer um tratamento via oral e postergar a necessidade de cirurgia em três ou quatro meses. Para quem sofre com câncer de próstata, existem injeções hormonais que também podem adiar a necessidade de procedimento cirúrgico. Aí eles podem vir quando o pico da pandemia passar. O documento tem a finalidade de minimizar a necessidade de ida ao hospital enquanto mantém o patamar de cura”, diz Maluf.

Quem está em casa pode fazer consultas via telemedicina. A Associação Médica Brasileira (AMB) aprovou a utilização da tecnologia para evitar a aglomeração em hospitais em caráter emergencial. Assim, os pacientes podem continuar tendo o acompanhamento sem correr o risco de se expor ao coronavírus.

Sergio Eduardo Alonso Araújo, diretor médico do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein e um dos profissionais responsáveis pela diretriz, explica que é importante o médico avaliar a condição de cada paciente individualmente pela consulta virtual para saber se há a necessidade ou não de ir a um hospital. “Se um paciente tem algum sinal de alarme, não deve retardar a investigação. Sintomas como anemia, fraqueza, dor abdominal, enfraquecimento. Um conjunto de sintomas grandes”, esclarece.

Continua após a publicidade

LEIA TAMBÉM:
Como fica a cabeça dos idosos em tempos de Covid-19 e isolamento social

No caso daqueles que já estão internados, os cuidados são ainda maiores. A orientação é restringir o volume de visitas e fazer uma checagem dos familiares, para saber se quem está entrando no hospital teve acesso a alguma pessoa infectada ou apresenta algum sintoma da Covid-19. As alas oncológicas dos principais hospitais do Brasil foram separadas das que tratam suspeitos e contaminados com o coronavírus e as equipes de saúde obedecem todas as recomendações para evitar o contágio.

“Hoje em dia vamos tomar até cafezinho de máscara. É importante que os pacientes não fiquem assustados, porque esses procedimentos de segurança se tornaram habituais”, conta Araújo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.