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Coronavírus: Brasil aumentou em 1.878% a realização de testes

De acordo com o Ministério da Saúde, a média diária de exames realizados passou de 1.148 em março para 22.711 em agosto

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 nov 2020, 09h37 - Publicado em 20 ago 2020, 20h11
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  • Desde o início da pandemia, o Brasil aumentou em 1.878% a realização de testes de coronavírus RT-PCR. De acordo com o Ministério da Saúde, a média diária de exames realizados passou de 1.148 em março para 22.711 em agosto. Esse tipo de teste é fundamental, pois detecta a presença do vírus no organismo e é usado para diagnosticar uma infecção ativa.

    Do início de março a 15 de agosto foram realizados 2.142.265 exames para diagnóstico da doença, segundo dados do Ministério da Saúde. Não estão nesta conta os testes realizados por laboratórios privados. Os estados que receberam o maior número de insumos do governo para a realização de testes foram São Paulo e Paraná.

    Segundo o portal alemão de dados estatísticos Statista, atualmente o Brasil realiza 64.532 testes por milhão de habitantes. Em 20 de março eram apenas 13,7. Alguns fatores contribuíram para o aumento significativo da realização de testes, incluindo a disponibilidade de insumos, equipamentos e esforço humano.

    LEIA TAMBÉM: O beabá dos testes para coronavírus

    Vale lembrar que no início da pandemia, o Brasil enfrentou problemas devido à falta de insumos. Embora o país tenha a capacidade de realizar os testes, não produzimos por aqui o reagente. Diante da alta demanda mundial, houve falta do produto. Com o tempo, esse problema se normalizou e pôde haver aumento da capacidade. Além disso, muitos laboratórios públicos têm trabalhado 24 horas por dia, 7 dias da semana, para conseguir atender à demanda de testes.

    Outra alteração foi o início da testagem de casos leves. No início da pandemia, apenas casos graves estavam sendo testados para Covid-19. Desde o final de junho, o Ministério da Saúde passou a testar também os casos leves. Identificar pessoas no início da infecção ajuda não só a evitar complicações, aumentando a probabilidade de recuperação, como impede que essa pessoa continue a espalhar o vírus.

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    Em relação aos testes rápidos (sorológicos), até 20 de agosto, foram distribuídos 7,9 milhões. De acordo com a OMS, testes sorológicos para detecção de anticorpos não são considerados testes diagnósticos e seus resultados devem ser cuidadosamente avaliados junto com informações clínicas, resultados de outros ensaios e contexto epidemiológico.

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    A realização maciça de testes é considerada a estratégia fundamental para controlar a pandemia. Essa é a única forma de identificar pessoas contaminadas, isola-las para impedir que elas transmitam o vírus e rastrear seus contatos. Embora a capacidade brasileira tenha aumentado, ainda está aquém ainda à realidade de países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Chile e Peru.

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    Atualmente, o Brasil tem 3.501.975 casos e 112.304 mortos registrados pela doença. Nesta quinta-feira, 20, a média móvel de novas notificações da doença foi de 39.585,6 e a de novos óbitos de 977,3. A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete, número de dias do período contabilizado – o que permite uma melhor avaliação ao anular variações diárias no registro e envio de dados pelos órgãos públicos de saúde, problema que ocorre principalmente aos finais de semana.

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