Consumo de whey protein cresce 25% no Brasil; veja benefícios
Concentrados de proteínas tiveram destaque entre alimentos para fins especiais em 2022; indicação médica é fundamental para evitar problemas de saúde
Um dos queridinhos dos frequentadores de academias, o suplemento whey protein e demais concentrados de proteína logo ganharam destaque entre os brasileiros. Apenas no ano passado, o consumo desses produtos teve um aumento de 25%, entre nacionais e importados, em relação a 2021, segundo boletim da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad). Mas a facilidade para encontrar opções com sabores diversos e diferentes marcas não significa que o uso pode ser feito de qualquer forma. A indicação deve ser realizada por especialistas para evitar riscos à saúde, principalmente para os rins.
O levantamento, que considerou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que houve um aumento de 3,5% no setor de alimentos para fins especiais, com destaque ainda para bebidas dietéticas (13,4%) e adoçantes (11,5%). No caso dos concentrados de proteína, que têm como carro-chefe a proteína do soro do leite, ou whey protein, a alta tem relação com a fama de serem produtos aliados do ganho de massa muscular e opções para o controle da alimentação.
Isso não está errado. “Os suplementos proteicos são usados por atletas e não atletas por serem proteínas de rápida digestão associadas a ganho de massa e no processo de perda de peso, porque ajudam a dar saciedade”, diz Ricardo Oliveira, diretor do Departamento de Endocrinologia do Esporte e Exercício da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Nas gôndolas, há a opção concentrada (com ao menos 80% de proteína e lactose), isolada (sem lactose e com mais de 90% de proteína) e hidrolisada, que passa por um processo para quebra das proteínas para tornar a absorção mais fácil. É possível encontrar formulações veganas, feitas com ervilha, soja e arroz, por exemplo.
O problema ocorre quando o consumo é desenfreado e realizado sem orientação de um nutricionista ou nutrólogo. A dosagem deve levar em consideração características individuais e a necessidade de suplementação. “Em excesso, o consumo de proteínas pode trazer prejuízos à saúde, principalmente na função renal”, explica Oliveira.