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Conheça o ‘viagra do Himalaia’, produto mais caro que ouro

O yarsagumba, conhecido por seu efeito afrodisíaco, chega a ser vendido por 100.000 dólares o quilo

Por Da Redação
18 jul 2018, 19h17

O yarsagumba é um fungo encontrado exclusivamente na região dos Himalaias – que engloba partes do Nepal, Índia, Butão e Tibete – famoso por seu efeito afrodisíaco. Tanto que é conhecido como ‘viagra do Himalaia’. Segundo especialistas em medicina tradicional chinesa, ele é eficaz contra impotência sexual, asma e até mesmo câncer. No entanto, para usufruir dessas propriedades é preciso estar disposto a ostentar: um grama chega a custar cerca de 100 dólares, o equivalente a 386 reais.

O Ophiocordyceps sinensis, classificação científica do fungo, é na verdade um parasita que ataca uma variedade de lagarta. O produto se forma quando o fungo se alimenta do animal, dissecando-o. A coleta só é feita durante os meses de maio e junho, quando a neve começa a derreter nas montanhas. Isso acontece porque ele se forma em altitudes de 3.000 a 5.000 metros. Nessas regiões, durante o inverno, as larvas estão ocultas sob terra, mas no verão, elas ficam parcialmente descobertas. Essas condições geram risco aos trabalhadores que se dispõem a coletá-lo.

“É muito frio aqui. Às vezes, somos pegos pela chuva. Já enfrentamos avalanches algumas vezes. Mas graças ao yarsagumba, posso comprar roupas novas. Tenho dinheiro para visitar Katmandu e não dependo de ninguém financeiramente”, disse Sita Gurung à BBC.

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Segundo informações da BBC, cada unidade rende de 3,50 a 4,50 dólares para os moradores dos vilarejos, correspondendo a cerca de 56% da renda anual deles. No entanto, em países como China, Cingapura, Estados Unidos, Reino Unido, Coreia, Japão, Mianmar e Tailândia, para onde o produto é exportado, o quilo chega a custar 100.000 dólares (386.300 reais), quase o dobro do ouro, que vale 40.000 dólares o quilo. No total, são necessários entre 1.800 a 2.000 fungos para reunir um quilo.

Apesar da rentabilidade e da importância para a economia local, especialistas alertam que o fungo está cada vez mais escasso devido à colheita demasiada e ao aquecimento global. Gurung comentou que antes era possível encontrar cem por dia, agora acha-se de 2 a 20. Às vezes, eles não encontram nada.

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