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Como o jejum intermitente pode afetar os hormônios

Após críticas à estratégia alimentar, pesquisadores descobriram o impacto sobre o corpo feminino

Por Diego Alejandro
9 nov 2022, 11h18

O jejum intermitente, método caracterizado pela intercalação entre períodos de jejum e de alimentação, demonstrou-se eficiente na perda de  quilos. Mas também despertou algumas críticas – a mais nova associando o regime a um impacto negativo sobre os hormônios reprodutivos das mulheres. Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Illinois, em Chicago, publicou um estudo na revista Obesity trazendo novas evidências para a mesa.

O grupo, liderado pela professora de nutrição Krista Varady, acompanhou por oito semanas mulheres obesas na pré e pós-menopausa que seguiam o regime de jejum intermitente no modo “dieta guerreira”. Nesse tipo de regime, durante quatro horas por dia pode-se comer sem contar calorias. Depois, retorna-se ao jejum até o dia seguinte.

Níveis hormonais entre mulheres que aderiram à dieta e aquelas que não se submeteram ao regime foram comparados. De início, não houve alteração nos hormônios sexuais femininos. Varady e sua equipe descobriram que os níveis de dehidroepiandrosterona ou DHEA, um hormônio que as clínicas de fertilidade prescrevem para melhorar a função ovariana e a qualidade dos óvulos, foram um pouco mais baixos em mulheres na pré-menopausa e pós-menopausa no final do estudo, caindo cerca de 14%.

Embora a queda nos níveis de DHEA tenha sido a descoberta mais significativa do estudo, as taxas permaneceram dentro da faixa normal até o final do período de estudo.

Além disso, não houve relatos de efeitos colaterais negativos associados ao baixo estrogênio na pós-menopausa, como disfunção sexual ou alterações na pele.

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Como benefício adicional, uma vez que o alto DHEA tem sido associado ao risco de câncer de mama, Varady disse que uma queda moderada nos níveis pode ser útil na redução desse risco para mulheres na pré e pós-menopausa.

Varady conclui: “Acho que este é um ótimo primeiro passo. Muitas das informações negativas sobre o jejum intermitente relatadas vieram de estudos em camundongos ou ratos. Precisamos de mais estudos para analisar os efeitos do jejum intermitente em humanos.”

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