Cidade de SP já usou 91% da CoronaVac disponível e começa a aplicar Oxford
Com aval do Estado e da Fiocruz, pasta utiliza a totalidade de doses em primeiras aplicações

A cidade de São Paulo utilizará todas as doses disponíveis para vacinação contra Covid-19 em primeiras doses e não em dois repartes, para permitir primeira e segunda dose em um grupo menor. A informação está disponível em um documento informativo da pasta da Saúde em que se determina os grupos prioritários e procedimentos de uso dos imunizantes. O secretário da pasta, Edson Aparecido, afirmou a VEJA que 91% das doses do primeiro reparte de 203.000 aplicações da CoronaVac já foram utilizados. Além disso, foi iniciada hoje a aplicação da vacina do consórcio Oxford/AstraZeneca no município.
Ainda há um reparte de mais cerca de 203.000 doses para chegar, mas sem data definida.
Aparecido explicou que teve aval do Estado de São Paulo e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para aplicar a totalidade de vacinas recebidas em primeiras doses. “O mais importante é vacinar o maior número de pessoas possível nesse primeiro momento”, disse.
De acordo com um comunicado da prefeitura, chegaram à cidade 165.300 aplicações da vacina de Oxford na última segunda-feira. A municipalidade afirmou que “as vacinas de Oxford/AstraZeneca serão adicionadas ao programa municipal de vacinação contra o coronavírus, que num primeiro momento prioriza os profissionais da saúde que atuam na linha de frente do atendimento à Covid-19 (enfermarias e UTIs) públicos e privados, prontos-socorros, UPAs, AMAs, UBS (profissionais da ponta para atendimento de sintomáticos respiratórios) e os profissionais que trabalham no SAMU Resgate. Também fazem parte do grupo prioritário idosos residentes em Instituições de Longa Permanência e indígenas”.
Além destes listados, também foram incluídos, nessa rodada, funcionários e idosos do programa de assistência municipais, além de funcionários e idosos do serviço de acolhimento e de residências terapêuticas. Esses novos grupos dizem respeito a aproximadamente 10.000 pessoas. E, entre eles, foram incluídos idosos que necessitam de cuidados da assistência municipal mesmo em casa.
Publicamente, em relação à CoronaVac, há a discussão de como utilizar os repartes uma vez que a segunda dose deve ocorrer entre 2 a 4 semanas, um prazo curto. Já a AstraZeneca/Oxford permite que a segunda agulhada ocorra em até 12 semanas — e a própria Fiocruz, responsável pela bula no Brasil, sugere que os primeiros lotes sejam utilizados em primeiras doses e que as segundas doses sejam dadas com as aplicações disponibilizadas depois.