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China responde OMS sobre pneumonia e descarta novos patógenos

Entidade pediu explicações sobre surto de doença respiratória desconhecida em crianças; autoridades chinesas relataram aumento de infecções comuns

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 nov 2023, 20h31

Autoridades chinesas responderam ao pedido de informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os relatos de um surto de pneumonia desconhecida em crianças no norte da China e afirmaram que o aumento de doenças respiratórias tem ligação com patógenos conhecidos, como gripe, Mycoplasma pneumoniae e vírus sincicial respiratório (VSR). Segundo a OMS, uma teleconferência com os esclarecimentos foi realizada nesta quinta-feira, 23, e dados sobre as doenças foram apresentados.

A OMS informou que monitora os sistemas de vigilância do país desde o mês passado, quando teve início o crescimento de episódios de VSR, adenovírus e do vírus influenza, causador da gripe, de acordo com as autoridades sanitárias chinesas. Em relação ao Mycoplasma pneumoniae, infecção bacteriana comum em crianças, os dados dos representantes apontam aumento desde maio.

A teleconferência contou com a participação de membros do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças e do Hospital Infantil de Pequim. “As autoridades chinesas informaram que não houve detecção de quaisquer agentes patogênicos novos ou incomuns ou de apresentações clínicas incomuns, incluindo em Pequim e Liaoning, mas apenas o aumento geral de doenças respiratórias devido a múltiplos agentes patogênicos conhecidos”, diz nota da OMS. Os integrantes das entidades chinesas negaram que unidades de saúde operavam acima de suas capacidades.

Surto de pneumonia

O pedido da entidade ocorreu após a divulgação do Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes (ProMED), da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas (ISID), sobre “aglomerados de pneumonia não diagnosticada” no norte do país nesta terça-feira, 21,

O comunicado do ProMED citava episódios de pacientes hospitalizados com febre alta e nódulos pulmonares e relatos de hospitais superlotados com fila de espera por atendimento que chega a duas horas.

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A OMS informou que, na semana passada, integrantes da Comissão Nacional de Saúde da China divulgaram em uma coletiva de imprensa que o país registrava aumento na incidência de doenças respiratórias, resultado da redução das restrições para conter a disseminação da Covid-19 e da circulação de patógenos como o influenza (o vírus da gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e Mycoplasma pneumoniae (infecção bacteriana) – as duas últimas são infecções que costumam afetar crianças.

“A China dispõe de sistemas para recolher informações sobre tendências na gripe, doenças semelhantes à gripe, VSR e SARS-CoV-2, e relatórios para plataformas como o Sistema Global de Vigilância e Resposta à Gripe”, informou. A OMS recomendou que a população do país mantenha as medidas para evitar infecções, como manter a vacinação em dia, evitar contato com pacientes e higienizar as mãos.

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