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Cepa identificada em Manaus é até duas vezes mais transmissível

Estudo publicado na Science estima que a P.1 é entre 1,7 e 2,4 vezes mais transmissível que as cepas que circulavam anteriormente na região

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 abr 2021, 19h10 - Publicado em 19 abr 2021, 16h20

A variante do coronavírus identificada em Manaus, chamada P.1, pode ser até duas vezes mais transmissível do que as cepas anteriores. A descoberta é de um estudo internacional publicado recentemente na revista científica Science.

Por meio de análise do relógio molecular, os pesquisadores descobriram que a variante provavelmente surgiu em Manaus, em meados de novembro de 2020, cerca de um mês antes do aumento acentuado no número de novas internações em decorrência da Covid-19 na cidade. Em apenas sete semanas, esta se tornou a linhagem do SARS-CoV-2, nome oficial do novo coronavírus, mais prevalente na região.

LEIA TAMBÉM: Reinfecção pelo coronavírus: qual o risco real?

Usando um modelo dinâmico que integra dados genômicos e de mortalidade, os pesquisadores estimam que a P.1 pode ser de 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível que as cepas que circulavam anteriormente na região. No entanto, não foi possível determinar se esse aumento estava associado ao fato de o vírus persistir por mais tempo no corpo ou a um aumento na carga viral.

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O estudo também estimou que após a disseminação da nova variante na região, o risco de morte em decorrência da doença era de 1,2 a 1,9 vezes maior do que antes da descoberta da P1. Mas não ficou claro se essa alteração estava associada a um aumento da gravidade da doença gerado pelo novo vírus ou se era uma consequência do colapso no sistema de saúde. Sendo assim, não foi possível determinar se a nova variante aumenta a gravidade da doença ou o risco de morte.

Outra descoberta é que os anticorpos gerados por infecções anteriores forneceram apenas proteção parcial – entre 54% a 79% – contra a P.1. A nova variante possui 17 mutações, das quais três são consideradas particularmente preocupantes. São elas N501Y, E484K e K417T, todas na proteína spike, usada pelo vírus para entrar nas células. Essas mutações parecem permitir que o vírus se ligue mais firmemente às células humanas o que, em alguns casos, poderia contribuir para a evasão de anticorpos.

Diante dos resultados, os pesquisadores alertam para a necessidade de mais estudos para determinar o real risco de reinfecção por essa nova cepa e de sua possível capacidade de escapar da proteção gerada pelas vacinas disponíveis atualmente. Estudos recentes mostraram que as duas vacinas disponíveis no Brasil – CoronaVac e Oxford-AstraZeneca -s ão eficazes contra a P1.

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