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Atletas têm memória de trabalho melhor do que pessoas sedentárias, diz estudo

Pesquisadores apontam que a prática regular de esportes beneficia funções cognitivas, como tomada de decisões e resolução de problemas

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 nov 2024, 11h00

A memória de trabalho, crucial para processar informações temporárias e tomar decisões rápidas, é uma das funções cognitivas mais importantes do nosso dia a dia. Um estudo recente da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, publicado na revista científica Psychological Bulletin, comparou o desempenho em memória de trabalho entre atletas e pessoas sedentárias. O que os pesquisadores descobriram é que aqueles que praticam esportes têm uma capacidade significativamente melhor de manter e processar informações.

Os dados revelaram que, independentemente da modalidade esportiva — seja coletiva como o futebol, ou individual como a corrida —, os atletas apresentam resultados melhores do que os não-atletas em tarefas cognitivas.

O ponto mais interessante do estudo, no entanto, foi a constatação de que a diferença no desempenho de memória de trabalho é mais pronunciada quando atletas são comparados a um grupo sedentário. Isso mostra que a vantagem cognitiva dos atletas não depende do tipo de esporte praticado, mas sim da prática regular de atividade física, o que sugere que o impacto positivo do esporte na cognição é ainda mais evidente quando comparamos com indivíduos que não praticam exercício físico de forma regular.

Sedentarismo e o impacto na cognição

A pesquisa também trouxe à tona preocupações sobre os efeitos do sedentarismo nas funções cognitivas. Ao comparar os resultados dos atletas com os de pessoas sedentárias, ficou claro que a falta de atividade física está diretamente associada a um desempenho inferior em memória de trabalho. Isso não é apenas uma questão de bem-estar físico: a função cognitiva dos sedentários apresenta uma queda expressiva quando comparada à dos atletas, o que sugere que o sedentarismo prejudica a saúde cerebral.

Além disso, a pesquisa aponta que a prática esportiva não só melhora a memória de trabalho, mas também beneficia outras funções cognitivas, como a tomada de decisões e a resolução de problemas. Esses resultados reforçam a ideia de que o exercício físico deve ser visto como uma ferramenta importante para preservar a saúde mental, especialmente quando considerado o impacto negativo de um estilo de vida sedentário.

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A influência da idade e da experiência atlética

Outro ponto relevante do estudo foi a análise sobre a influência da idade e do nível de desempenho atlético nos resultados. A pesquisa descobriu que atletas mais experientes, ou seja, aqueles com maior tempo de prática e melhores níveis de desempenho, demonstraram uma vantagem ainda maior na memória de trabalho. Além disso, a diferença entre atletas e sedentários se tornou mais evidente à medida que a idade avançava, o que sugere que a prática esportiva pode desempenhar um papel fundamental na preservação das funções cognitivas à medida que envelhecemos.

Isso reforça a importância de manter uma rotina de exercícios ao longo da vida, não só para preservar a saúde física, mas também para garantir a saúde cerebral e a preservação da memória e outras funções cognitivas.

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