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Até 2035, um em cada 4 adultos conviverá com a obesidade no mundo

Número equivale a quase 2 bilhões de pessoas. No Brasil, 41% dos adultos brasileiros terão a doença

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 mar 2023, 18h04 - Publicado em 2 mar 2023, 16h23
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    OBESIDADE: atualmente, 1 em cada 7 pessoas tem obesidade no mundo (Getty/Getty Images)

    A Federação Mundial de Obesidade (WOF) divulgou nesta quinta-feira 2, o Atlas Mundial da Obesidade 2023, com números preocupantes. Segundo o relatório, que inclui classificações de preparação para obesidade e doenças não transmissíveis para 183 países, 1 em cada 7 pessoas tem obesidade no mundo.

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    A projeção para 2035, no entanto é de que 1 em cada 4 pessoas (quase 2 bilhões) conviverá com a doença caracterizada pelo índice de massa corporal (IMC) superior a 30. E mais da metade da população mundial, cerca de 4 bilhões, viverá com sobrepeso (IMC entre 25,0 e 29,9). Ou seja, se nada for feito, o impacto econômico do sobrepeso e da obesidade chegará a US$ 4,32 trilhões por ano até 2035, o que representa quase 3% do PIB global, sendo comparável ao impacto da Covid-19 em 2020.

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    No Brasil, o cenário também não é favorável. De acordo com a entidade, 41% dos adultos brasileiros terão obesidade, o que a WOF classifica como nível de alerta muito alto. O crescimento anual projetado de adultos com obesidade entre 2020 e 2035 é de 2,8%. O impacto financeiro no setor de Saúde pode chegar a 14,7 bilhões de dólares em 2025 e 19,2 bilhões de dólares em 2035. Já o impacto financeiro geral pode chegar a 48,3 bilhões de dólares em 2025 e 75,8 bilhões de dólares em 2035.

    A obesidade infantil também preocupa. Segundo o novo Atlas, o número de crianças com obesidade pode mais que dobrar até 2035 (em relação aos níveis de 2020), o que significa que 400 milhões de crianças viverão com obesidade em 12 anos. Para o Brasil, o crescimento anual projetado é de 4,4%, o que a WOF também classifica como nível de alerta muito alto, já que pode levar à múltiplas complicações associadas à doença como o risco de desenvolver diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, aparecimento de alguns tipos de cânceres, além do risco de morte precoce e impacto sobre qualidade de vida.

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    A obesidade é uma doença evitável cuja incidência quase triplicou nos últimos 50 anos e dobrou desde 2010. “O melhor caminho para mudar esse cenário é justamente evitar o sobrepeso através do estímulo à hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas”, destaca Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

    Segundo o presidente da SBEM, são necessárias políticas públicas que propaguem esse modo de vida, como o incentivo ao consumo de alimentos mais saudáveis e a taxação de alimentos que são associados ao maior risco de obesidade, como os ultraprocessados, o que já acontece em alguns países. “É preciso fomentar o estímulo à prática de atividade física desde o exercício, que é a prática ordenada e orientada de atividade física, como também o estímulo à atividade física no geral, transformando os ambientes para que a movimentação ativa possa ser feita de maneira mais frequente. Os espaços públicos devem ser aptos e convidativos para essas atividades”, alerta.

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    Conscientização

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    Todos os anos, no Dia Mundial da Obesidade, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) realiza em conjunto com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) uma campanha de conscientização, que este ano terá o tema “Um outro jeito de olhar”.

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    “Queremos lançar luz sobre os múltiplos aspectos dessa doença, para que a sociedade perceba a obesidade de uma forma mais empática e compreenda o impacto dela na vida da pessoa que convive com a doença, as dificuldades e desafios que enfrenta”, ressalta Miranda.

    Realizada com o apoio da WOF, o objetivo da campanha é chamar a atenção da população para que se entenda que a obesidade é uma doença crônica multifatorial e mudar o antigo estigma de que o excesso de peso é fruto de maus hábitos.

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