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Ataque de pânico: sete dicas de especialistas para controlar as crises

Entre as sugestões está ouvir música, evitar a cafeína e se concentrar na respiração

Por Da Redação
Atualizado em 15 nov 2018, 18h22 - Publicado em 15 nov 2018, 17h48

ansiedade afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma condição que apresenta uma gama de sintomas, inclusive ataques de pânico, que costuma aparecer também em pessoas com outros transtornos como depressão. Esta manifestação pode ocorrer a qualquer momento do dia ou da noite, provocando medo, preocupação intensa e repetitiva, sudorese, respiração rápida, náusea e batimentos cardíacos acelerados. Quando o ataque acontece, a pessoa – e quem está com ela – normalmente não sabem o que fazer. Por isso, o The Guardian, preparou uma lista elaborada por especialistas com métodos que podem ajudar indivíduos a controlar um ataque de pânico. 

1. Entenda o seu corpo

Quando se trata de ataques de pânico, conhecimento é poder. Embora isso não os impeça de ocorrer, saber o que está acontecendo com o seu corpo pode evitar o aumento do pânico. 

Além disso, para quem já passou por um ataque de pânico antes, a recomendação é manter em mente que, por mais perturbador e desagradável que possa ser, esse momento passa e não apresenta consequências físicas. É preciso também reconhecer que o ataque é um breve período de ansiedade concentrada e vai terminar, mesmo que, a princípio, não pareça assim.

2. Respire de forma natural

A respiração é fundamental para controlar um ataque de pânico, especialmente no caso de quem tende a sofrê-lo em público. Durante um ataque, é comum as pessoas respirarem mais rápido, por isso, exercícios de respiração simples são recomendados, pois ajudam as pessoas a permanecerem conscientes da necessidade de encher os pulmões; isso também colabora para diminuir a frequência cardíaca. 

Dica frente a dificuldade em respirar: o faça de forma constante, contando lentamente até quatro enquanto inspira e mais quatro ao expirar, trazendo o ar do abdome, enchendo os pulmões de forma lenta e constante.

3. Relaxe os músculos

Assim como respirar, relaxar é imprescindível. À princípio, pode parecer um esforço hercúleo, mas o relaxamento muscular é um método prático que ensina a se conectar a fontes de tensão física assim o indivíduo se mantém ciente de que precisa se concentrar em relaxar.

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O relaxamento pode ser feito da seguinte forma: aperte um dos punhos o mais forte que puder, observando como os dedos e antebraço ficam tensos. Continue nessa posição e conte até dez antes de soltar e permitir que a mão relaxe completamente, soltando qualquer tensão. Repita o gesto quantas vezes forem necessário até conseguir relaxar. Esta abordagem ajuda a aumentar e liberar a tensão em todo o corpo já que ao contrair e relaxar os vários grupos musculares é possível aliviar o estresse físico e acalmar a mente.

4. Limite estímulos

Quando sentir um ataque vindo, é importante limitar a quantidade de estímulos recebidos no momento: tente encontrar um espaço silencioso (e se possível escuro) onde seja possível praticar as técnicas de respiração e relaxamento. Se acontecer dentro de um escritório, onde nem sempre há um espaço tranquilo, tente sair da sala ou vá até o banheiro.

Caso esteja na rua, busque se concentrar em um único pensamento ou em um objeto no qual você possa focar a mente. Se escolher um objeto, pense sobre como se sente em relação a ele, quem o fez e analise sua forma. Isso pode ajudar a reduzir os sintomas de um ataque de pânico. Para quem já passou por isso antes, ou costuma ter ataques com frequência, é recomendado sempre ter na bolsa algo que possa ser usado com esse propósito.

5. Tenha um caderno

De acordo com um estudo publicado no SAGE Journals, tratar pensamentos intrusivos como objetos materiais que podem ser jogados fora é um bom mecanismo de enfrentamento. Por isso, quando sentir a chegada de um ataque, anote os pensamentos que estão te preocupando e depois rasgue a página e jogue fora. 

6. Zero cafeína

Os ataques podem ser desencadeados por espaços fechados, multidões ou problemas com dinheiro. A cafeína, que age como estimulante, também pode servir de gatilho para a ansiedade. A orientação para os indivíduos cujos gatilhos estão associados a multidões e espaços apertados é cortar o café e outras bebidas que contenham cafeína, principalmente se a sua rotina envolve o contato com diversas pessoas ao mesmo tempo.

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Eliminar a substância da alimentação – pelo menos antes de enfrentar situações tensas – pode estimular o hábito de ingerir bebidas mais saudáveis que ajudam a evitar a desidratação, outro possível gatilho para o ataque de pânico.

7. Aplicativos de áudio

Estudos mostraram que indivíduos que costumam utilizar transporte  – público ou privado – para se deslocar diariamente para o trabalho ou faculdade, por exemplo, apresentam aumento nos níveis de ansiedade; no caso de quem sofre ataques de pânico esse costuma ser um gatilho.

Para combater os estressores externos, os especialistas sugerem o uso de aplicativos de áudio, seja para escutar as suas músicas favoritas, ouvir um áudio book ou áudios de meditação. Isso vai pode manter a mente focada e deixar de lado o ambiente em que se está.

Como ajudar alguém que está tendo um ataque de pânico

  1. Fique calmo: seu nervosismo pode deixar a pessoa ainda mais agitada;
  2. Certifique-se de que a pessoa tenha espaço suficiente ao seu redor;
  3. Sugira uma caminhada até um local mais tranquilo nas proximidades;
  4. Lembre a pessoa que os ataques de pânico sempre terminam;
  5. Ajude-os a controlar a respiração; pratique com ela exercícios respiratórios;
  6. Evite fazer muitas perguntas e não valide declarações negativas;
  7. Nunca diga a alguém para se acalmar ou dizer que não há nada para se preocupar.
  8. Fique por perto: mesmo que a pessoa insista que precisar ficar sozinha, certifique-se de que ela permaneça no seu campo de visão.

Seguir alguns destes passos vai te ajudar a ter um pouco de controle sobre esse momento tão aterrorizante.

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