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As semelhanças e diferenças entre as vacinas CoronaVac e de Oxford

Com a chegada do primeiro lote da vacina de Oxford, o Brasil passa a utilizar dois imunizantes em sua campanha de vacinação. Conheça cada um deles

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 mar 2021, 13h51 - Publicado em 30 jan 2021, 19h00

A chegada de 2 milhões de doses da vacina contra Covid-19 fruto da parceria Oxford-AstraZeneca amplia a oferta de imunizantes oferecidos pelo Programa Nacional de Imunização. Agora, os brasileiros do grupo prioritário poderão receber a CoronaVac, vacina do Instituto Butantan, ou a vacina distribuída de Oxford, que será distribuída pela Fiocruz.

Ambas são seguras, eficazes e fundamentais para o combate à pandemia e início do retorno a uma vida normal. No entanto, elas tem suas diferenças, que começam pelo tipo de tecnologia utilizado em seu desenvolvimento. Abaixo, VEJA compara os pontos mais relevantes destes imunizantes.

Eficácia

Tanto a vacina desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com a AstraZeneca quanto o imunizante desenvolvido pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan tiveram eficácia comprovada em testes clínicos fase 3. A Os dados apresentados demonstram que a eficácia global da vacina de Oxford, que no Brasil será distribuída e produzida pela Fiocruz, é de 70,42% duas semanas após a aplicação da segunda dose.

Já os dados da CoronaVac, mostram uma eficácia de 50,39% no mesmo período. Por outro lado, o imunizante registrou proteção de 78% em casos leves e 100% contra casos moderados e graves da Covid-19.

Segurança

Os testes de fase I, II e III de ambas as vacinas mostraram que seu uso é seguro. No caso da CoronaVac, testes feitos com 50.000 voluntários na China mostraram que o imunizante não apresentou efeitos colaterais importantes — 3% dos participantes sentiram dor leve no local de aplicação e 0,2%, estado febril. Dados da fase 3, realizada no Brasil, mostram que os efeitos mais comuns são dor, dor de cabeça e cansaço.

A vacina de Oxford foi testada em 23.745 participantes. Destes, três apresentaram eventos adversos graves e se recuperaram. Os efeitos colaterais mais comuns registrados são: sensibilidade, dor, sensação de calor, vermelhidão, coceira, inchaço ou hematoma no local da injeção, indisposição, fadiga, calafrio, dor de cabeça, náusea e dor muscular.

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População-alvo

A autorização concedida pela Anvisa indica que a vacina de Oxford seja aplicada em adultos com idade a partir de 18 anos. Já a vacina do Butantan é indicada para pessoas da mesma faixa etária que sejam suscetíveis ao vírus. Vale ressaltar que, no momento, ambas só estão sendo aplicadas em grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

Regime de administração

Ambas as vacinas exigem a aplicação de duas doses para atingir a eficácia acima. A diferença é que o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina do Butantan pode variar entre 14 a 28 dias, já as doses da Fiocruz podem ser aplicadas com um intervalo de quatro a 12 semanas entre si.

Quantidade de doses disponíveis

O Brasil tem acordos de transferência de tecnologia tanto para a CoronaVac quanto para a vacina de Oxford. A CoronaVac será produzida em São Paulo, pelo Instituto Butantan; já a vacina de Oxford é de responsabilidade da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Atualmente, estão disponíveis para aplicação na população cerca de 11 milhões de doses da CoronaVac e 2 milhões de doses da vacina de Oxford. Até o final do ano, estão previstas 350 milhões de doses, sendo cerca 210 milhões de doses da Astrazeneca/Oxford e 100 milhões de doses da CoronaVac.

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Armazenamento

A vacina de Oxford e a CoronaVac precisam ser armazenadas em geladeira, entre 2ºC e 8ºC. Ou seja, nos equipamentos já disponíveis nos postos de saúde, usados normalmente para outras vacinas.

Tecnologia de produção

A CoronaVac é produzida pela tecnologia mais tradicional do desenvolvimento de vacinas: a de vírus inativado. Ou seja, ela utiliza o próprio Sars-CoV-2, que foi exposto em laboratório a calor e produtos químicos para não ser capaz de se reproduzir no organismo, para ensinar o sistema imunológico a reconhecê-lo e criar anticorpos para combatê-lo.

A vacina de Oxford pertence ao time das vacinas de vetor viral não-replicante. Ela utiliza um adenovírus, um tipo vírus que não prejudica a nossa saúde, que carrega em seu interior alguns genes do Sars-CoV-2 para gerar a resposta imune no organismo humano.j

Neste sábado, 30, a média móvel de casos novos registrados chegou a 51.531,6, enquanto a taxa de mortes foi de 1.071,4. A média móvel é calculada a cada bloco de sete dias, para evitar distorções.

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