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Aposentadoria precoce afeta a memória e o raciocínio, mostra estudo

Os aposentados costumam deixar de praticar atividades que estimulam a mente. Isso prejudica o desempenho cognitivo e acelera o envelhecimento cerebral

Por Redação
Atualizado em 29 out 2019, 19h29 - Publicado em 29 out 2019, 16h39

Envelhecer é inevitável, mas é possível se esquivar de alguns problemas que acompanham essa fase da vida, como a perda de memória, dificuldade de raciocínio e falta de atenção. Além de manter a mente ativa através da leitura e do aprendizado, é preciso manter-se socialmente ativo e praticar atividade física regular, por exemplo. Agora, estudo mostra que outra medida importante pode ser tomada para evitar o declínio cognitivo: adiar a aposentadoria.

De acordo com os pesquisadores, se aposentar cedo pode acelerar a queda da capacidade cerebral. “Os prejuízos cognitivos entre os idosos, mesmo que não sejam debilitantes, causam perda de qualidade de vida e podem ter consequências negativas para o bem-estar”, comentou Plamen Nikolov, coautor do estudo, em comunicado. A equipe explicou que, ao se aposentar, as pessoas acabam evitando praticar atividades que protegem a cognição, como a interação social, o que prejudica o desempenho do cérebro. 

Os cientistas destacaram que o maior indicador do declínio cognitivo nos aposentados foi problemas de memória relacionados à recordação. Esse sintoma é um fator que ajuda a prever se a pessoa pode desenvolver demência no futuro. Eles ainda ressaltaram que o efeito foi mais forte nas mulheres.

Por causa disso, a equipe sugere que os países criem programas que estimulem os aposentados a buscarem o engajamento social e praticarem atividades que mantenham a mente ativa, como aprender algo novo. A recomendação é válida tanto para países desenvolvidos quanto para os emergentes já que a aposentadoria interferiu negativamente na cognição tanto de populações pobres quanto das mais abastadas.

O estudo

Os pesquisadores da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, chegaram a esses resultados depois de avaliar dados de saúde de aposentados acima dos 60 anos na China para determinar os efeitos da aposentadoria na cognição. Eles escolheram a população chinesa, pois o país tem um programa de pensão voltado para grupos rurais com o intuito de minimizar a pobreza na velhice.

A análise mostrou que o programa favoreceu a condição financeira dos idosos, estimulou melhorias no sono e reduziu o consumo de álcool e tabaco, mas trouxe efeitos negativos sobre as habilidades cognitivas, já que estimulou a redução da atividade mental – importante fator de proteção cognitiva. “O programa levou a um declínio no desempenho cognitivo e afetou a memória”, disse Nikolov.

A equipe destacou que os impactos encontrados na China foram semelhantes às descobertas feitas em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra, o que demostra que o problema não está relacionado apenas à renda dos aposentados. 

Para a equipe, a aposentadoria é bem vinda e traz inúmeros benefícios para a vida dos idosos, mas ela não deve significar aposentadoria da mente. Ou seja, as pessoas devem se manter ativas para evitar problemas cognitivos.

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