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Pessoas que andam em ritmo lento envelhecem mais rápido, diz estudo

Os pesquisadores também definiram o ritmo ideal de caminhada: 1,75 metro por segundo

Por Redação
Atualizado em 15 out 2019, 15h43 - Publicado em 15 out 2019, 15h09

Cientistas americanos e ingleses descobriram que a velocidade em que uma pessoa anda no dia a dia pode acelerar no processo do envelhecimento. Quem caminha em ritmo lento, além de aparentar mais velho, tem o organismo afetado: pulmões, e o sistema imunológico tendem a não trabalhar de modo a contento. O estudo foi publicado no periódico JAMA Network Open.

“Este estudo descobriu que caminhar de modo mais lento é um sinal de problema décadas antes da velhice”, disse Terrie. E Moffitt, principal autora da pesquisa, à BBC. Os médicos costumam medir a velocidade de caminhada para verificar a saúde em geral, especialmente em pessoas acima dos 65 anos, pois os resultados ajudam a avaliar força muscular, equilíbrio, qualidade da visão e força pulmonar e da coluna. 

Ainda não se sabe exatamente o porquê, mas uma das suspeitas é em relação à própria atividade física. Quem anda mais devagar tende a fazer menos movimentos com o corpo.

Trabalhos anteriores já haviam mostrado que pessoas que andam mais rápido tendem a viver mais, pois reduz o risco de morte por qualquer causa em até 24%. Outros trabalhos revelaram que quem anda devagar está mais propenso a desenvolver demência.

Lentidão no andar

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e da King’s College London, na Inglaterra, acompanharam 904 participantes da Nova Zelândia desde a década de 1970. Muitos dos participantes começaram a ser avaliados a partir dos 3 anos de idade e continuaram sendo acompanhados até os 45.

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Todos eles realizaram testes de função cerebral durante a infância e responderam a avaliações cognitivas a cada dois anos. Também foram avaliados os resultados de teste de QI (que ajuda a medir a inteligência do indivíduo), incluindo velocidade de processamento, memória de trabalho, raciocínio perceptivo e compreensão verbal. A equipe também mediu a velocidade de caminhada de cada participante e realizou exames físicos, incluindo ressonância magnética do cérebro, níveis de colesterol,  aptidão cardiorrespiratória e quantidade de glóbulos brancos – biomarcadores que ajudam a medir o envelhecimento. 

Os resultados mostraram que os participantes que andavam mais devagar apresentaram volume cerebral menor e pareciam mais velhos do que sua idade biológica. Em exames físicos, eles também tiveram resultados piores em comparação com aqueles que andavam mais rápido. “Os médicos sabem que pessoas com marcha mais lenta aos 70 ou 80 anos tendem a morrer mais cedo. Mas ficamos surpresos de ver esses resultados em pessoas na casa dos 40”, disse Terrie ao Medical News Today.  

Pesquisas anteriores indicam que andar mais rápido beneficia a saúde cardiovascular, reduzindo o risco de doenças do coração. Ou seja, quem anda devagar pode não ter essa proteção e está mais exposto a problemas de saúde.

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Velocidade ideal

A análise mostrou que o andar mais lento atinge um média de velocidade de 1,2 metro por segundo (m/s). Já quem anda mais rápido tende a atingir a velocidade média de 1,75 metro por segundo.

Pessoas que andam devagar também apresentaram resultado de QI 12 pontos mais baixo em relação a quem caminha mais rápido.

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