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Anvisa proíbe suplementos irregulares para problemas de visão

Agência também alerta para propaganda enganosa na internet que vende suplementos alimentares para curar doenças

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 ago 2023, 12h51 - Publicado em 9 ago 2023, 12h23

Na segunda-feira 7, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso dos produtos das marcas Visipro, Sulinex e Ocularis, com indicação para tratamento de problemas de visão, tais como catarata, glaucoma, degeneração macular, entre outros.

Segundo a agência, esses produtos eram divulgados irregularmente na internet e foram proibidos após denúncias e relacionadas ao assunto, inclusive do Conselho Brasileiro de Oftamologia (CBO), feita em maio. “A decisão da Anvisa é uma vitória importante, pois protege a população de propagandas enganosas e, principalmente, dos potenciais efeitos colaterais e da ineficácia de produtos que não auxiliarão no tratamento de doenças oculares”, disse Cristiano Caixeta Umbelino, presidente do Conselho.

Ainda de acordo com a Anvisa, não é permitida a realização de propagandas que aleguem tratamento, prevenção ou cura de qualquer tipo de doença ou problema de saúde, inclusive relacionados à visão, para alimentos em geral, incluindo suplementos alimentares. “A Agência identificou que os suplementos alimentares eram de fabricantes desconhecidos, ou seja, não se sabe a origem dos produtos”, disse em comunicado.

Em maio, a Anvisa já havia publicado a proibição e a apreensão de outro produto, da marca Visium Max, com a mesma indicação irregular para problemas de visão. A agência também voltou a alertar para as propagandas enganosas de produtos com promessas milagrosas, veiculadas na internet e em outros meios de comunicação, como rádio e TV, que prometem prevenir, tratar e curar diversos tipos de doenças, além de melhorar problemas estéticos como emagrecimento, aumento da musculatura, diminuição de rugas, celulite, estrias e flacidez.

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A Anvisa também chama a atenção para produtos que prometem melhora das funções sexuais, aumento da fertilidade, melhora ou alívio de sintomas relacionados à “tensão pré-menstrual” e menopausa; e os que dizem cura doenças, que vão desde doenças cardiovasculares e doenças degenerativas, como Alzheimer, demência, doença de Parkinson até câncer e Covid-19.

“Muitas vezes esses produtos são vendidos como suplementos alimentares, ou seja, alimentos fontes de nutrientes e outras substâncias bioativas, para os quais não há nenhuma comprovação junto à Agência de ação terapêutica ou estética”, comunicou a agência, acrescentando que “Produtos que tenham indicação terapêutica precisam ser regularizados na Anvisa como medicamento e prescritos por um profissional de saúde habilitado”.

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