Anvisa proíbe suplementos irregulares para problemas de visão
Agência também alerta para propaganda enganosa na internet que vende suplementos alimentares para curar doenças
Na segunda-feira 7, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso dos produtos das marcas Visipro, Sulinex e Ocularis, com indicação para tratamento de problemas de visão, tais como catarata, glaucoma, degeneração macular, entre outros.
Segundo a agência, esses produtos eram divulgados irregularmente na internet e foram proibidos após denúncias e relacionadas ao assunto, inclusive do Conselho Brasileiro de Oftamologia (CBO), feita em maio. “A decisão da Anvisa é uma vitória importante, pois protege a população de propagandas enganosas e, principalmente, dos potenciais efeitos colaterais e da ineficácia de produtos que não auxiliarão no tratamento de doenças oculares”, disse Cristiano Caixeta Umbelino, presidente do Conselho.
Ainda de acordo com a Anvisa, não é permitida a realização de propagandas que aleguem tratamento, prevenção ou cura de qualquer tipo de doença ou problema de saúde, inclusive relacionados à visão, para alimentos em geral, incluindo suplementos alimentares. “A Agência identificou que os suplementos alimentares eram de fabricantes desconhecidos, ou seja, não se sabe a origem dos produtos”, disse em comunicado.
Em maio, a Anvisa já havia publicado a proibição e a apreensão de outro produto, da marca Visium Max, com a mesma indicação irregular para problemas de visão. A agência também voltou a alertar para as propagandas enganosas de produtos com promessas milagrosas, veiculadas na internet e em outros meios de comunicação, como rádio e TV, que prometem prevenir, tratar e curar diversos tipos de doenças, além de melhorar problemas estéticos como emagrecimento, aumento da musculatura, diminuição de rugas, celulite, estrias e flacidez.
A Anvisa também chama a atenção para produtos que prometem melhora das funções sexuais, aumento da fertilidade, melhora ou alívio de sintomas relacionados à “tensão pré-menstrual” e menopausa; e os que dizem cura doenças, que vão desde doenças cardiovasculares e doenças degenerativas, como Alzheimer, demência, doença de Parkinson até câncer e Covid-19.
“Muitas vezes esses produtos são vendidos como suplementos alimentares, ou seja, alimentos fontes de nutrientes e outras substâncias bioativas, para os quais não há nenhuma comprovação junto à Agência de ação terapêutica ou estética”, comunicou a agência, acrescentando que “Produtos que tenham indicação terapêutica precisam ser regularizados na Anvisa como medicamento e prescritos por um profissional de saúde habilitado”.