A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira, 29, o uso de empagliflozina — remédio indicado para o tratamento da diabetes mellitus tipo 2 — para outra finalidade: o tratamento de doença renal crônica (DRC), que atualmente afeta cerca de 6 milhões de pessoas no Brasil.
O aval baseou-se nos resultados do estudo EMPA-KIDNEY, maior pesquisa dedicada aos inibidores de SGLT2 no tratamento da DRC até o momento, que avaliou um amplo espectro de pacientes com a doença. O estudo clínico demonstrou que a empagliflozina reduziu em 28% o risco de progressão da doença renal ou morte cardiovascular em pacientes com DRC, se comparado aos pacientes que receberam placebo.
“Celebramos este marco significativo no campo da doença renal crônica. A prevenção e a detecção precoce da enfermidade são cruciais. Esta nova opção de tratamento tem o potencial de melhorar o manejo da condição cardiorrenal metabólica e da doença renal crônica”, comentou Thais Melo, diretora médica da Boehringer Ingelheim no Brasil, farmacêutica responsável pelo fármaco, junto com a Eli Lilly do Brasil.
Além da diabetes, o medicamento também é utilizado em casos de insuficiência cardíaca e agora, com a aprovação para DRC, oferece uma abordagem abrangente para tratar as condições cardiorrenais metabólicas que acometem milhões de brasileiros.