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Água x refrigerante diet: qual a melhor opção para emagrecer e reverter diabetes?

Estudo realizado com mulheres mostrou impactos de escolha da bebida para controlar açúcar no sangue e aumentar perda de peso

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 jun 2025, 17h00

CHICAGO* – Tomar refrigerante diet pode parecer tentador ou inofensivo para quem quer diminuir o consumo de açúcar e calorias, principalmente entre os que vivem com diabetes e obesidade. Afinal, é uma opção para substituir bebidas adoçadas. Mas qual será o efeito de ir além e trocar o diet por água? Essa foi a proposta de um estudo apresentado durante a reunião anual da Sociedade Americana de Diabetes (ADA, na sigla em inglês), realizada na semana passada em Chicago, nos Estados Unidos. O trabalho comprovou que a mudança contribui não só para o emagrecimento, mas para dobrar a remissão do diabetes tipo 2.

A pesquisa, que durou 18 meses, foi feita com 81 mulheres que vivem com diabetes tipo 2 e obesidade ou sobrepeso que integravam um programa de controle de peso com duração de seis meses e com medidas de manutenção que duraram um ano.

As participantes faziam consumo regular de refrigerantes dietéticos e foram separadas aleatoriamente em dois grupos: um continuou a tomar a bebida após o almoço cinco vezes por semana e o outro trocou por água.

Emagrecimento e controle do diabetes

Os resultados da substituição foram expressivos. O grupo que bebeu água teve uma perda média de peso de quase 7 quilos — ante cerca de 5 quilos entre as que consumiram a bebida diet — e 90% das participantes atingiram a remissão do diabetes, o dobro do índice alcançado pelas voluntárias do outro grupo (45%).

Aqui, cabe uma explicação sobre a remissão da doença, que não quer dizer cura do diabetes. “É deixar a doença quieta e normalizar os níveis de açúcar no sangue em quem tem diabetes. O nível normal de glicose para quem não tem diabetes é de até 99 e de hemoglobina glicada (a média dos últimos três meses) é de 5,6%. Então, é trazer os níveis altos para uma situação de normalidade”, explica o endocrinologista Fernando Valente, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), que acompanhou o evento. “A pessoa não deixou de ter diabetes, porque o pâncreas continua doente”, completa.

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De acordo com os pesquisadores, análises indicaram benefícios ainda para outros marcadores de saúde, como níveis de insulina, glicemia em jejum, resistência à insulina e triglicerídeos.

“Com a maioria das mulheres do grupo da água alcançando remissão do diabetes, nosso estudo destaca a importância de promover a água – e não apenas alternativas com poucas calorias – como parte de um gerenciamento eficaz do diabetes e do peso. É uma pequena mudança com potencial para um grande impacto nos resultados de saúde a longo prazo”, afirmou o ex-professor associado da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, Hamid Farshchi, CEO da D2Type e autor do estudo.

Impactos do consumo de refrigerante

O objetivo dos pesquisadores é investigar estratégias para reduzir o consumo e a dependência de bebidas com sabor adocicado, além de promover o consumo de água como a bebida de escolha. Nos Estados Unidos, segundo o grupo, cerca de um quinto da população consome bebidas dietéticas.

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Estudos têm apontado os impactos negativos para a saúde dos refrigerantes, inclusive diet, para diabetes tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares e até danos para a saúde reprodutiva.

“Sabemos que a bebida adoçada é muito ruim. A dietética, no sentido de calorias, é menos ruim, mas os dados estão mostrando que elas não são inofensivas, porque alteram a microbiota intestinal e podem refletir na glicose”, afirma Valente. “A gente não pode olhar apenas para calorias. Há outros componentes que podem ter impacto na saúde.”

* A repórter viajou a convite da Novo Nordisk

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