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A vitória da ciência: as vacinas e os remédios contra a Covid-19

Com um investimento global de US$ 20 bilhões, dezoito imunizantes chegaram à fase final de elaboração em menos de um ano

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 dez 2020, 08h48 - Publicado em 24 dez 2020, 06h00

Nunca na história da medicina houve tamanho empenho para o desenvolvimento de vacinas e remédios em relação a uma única doença. Com um investimento global de 20 bilhões de dólares, dezoito imunizantes contra a Covid-19 chegaram à fase final de elaboração em menos de um ano. O mais avançado deles, produzido pelo laboratório americano Pfizer, começou a ser sistematicamente aplicado em 8 de dezembro, no Reino Unido, apenas onze meses depois do início dos estudos. Aos 90 anos, a irlandesa Margaret Keenan foi a primeira imunizada. Há pelo menos outros três produtos com eficácia de ao menos 90%, índice altíssimo para qualquer tipo de imunizante. Neste curto e brilhante caminho, o Brasil participou ativamente, em especial com os trabalhos de dois centros de referência — o Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e a Fiocruz, no Rio de Janeiro, com o produto da anglo-­sueca AstraZeneca. A engrenagem global envolveu as agências internacionais de controle de saúde, tradicionalmente burocráticas, que desta vez aceleraram o passo para avaliar os dados oferecidos pelos laboratórios, em tempo de aprovação recorde. Houve atenção especial também ao desenvolvimento de remédios afeitos a tratar a Covid-19 (e não, a cloroquina não faz parte desse grupo). Os estudos com o antiviral Remdesivir, do laboratório Gilead Sciences, o único até hoje oficialmente usado para o tratamento da infecção, foram validados pela rigorosa Food and Drug Administration (FDA) no mais curto tempo visto nos EUA.

À espera da vacina e do sucesso dos medicamentos, deu-se um movimento paralelo e fascinante. Os especialistas de jaleco aprenderam, por exemplo, que a infecção apresenta sintomas muito particulares, como a perda de olfato e paladar; decretaram a importância do uso irrestrito de máscaras de proteção; e identificaram a possibilidade de tratar casos graves por meio de corticoides. E, apesar de todo o drama, das mortes, do choro, a civilização avançou décadas de janeiro para cá, do ponto de vista de conhecimento da medicina. Foi uma vitória, na contramão dos negacionistas que trataram a pandemia com desdém e desrespeito à população. Numa única frase: a ciência salva e por meio dela a humanidade vencerá, como sempre.

Publicado em VEJA de 30 de dezembro de 2020, edição nº 2719

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