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57% dos brasileiros tomariam qualquer vacina aprovada, diz pesquisa

Preocupação com possíveis efeitos colaterais e falta de confiança na eficácia são os maiores medos daqueles que não querem se vacinar

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jan 2021, 19h25

A maioria dos brasileiros está disposta a tomar qualquer vacina disponível contra o novo coronavírus. É o que revela uma pesquisa realizada pela Doctoralia, maior plataforma de agendamento de consultas do mundo, com mais de 21.000 pessoas de cinco países – Brasil, Espanha, Itália, México e Polônia -, obtida com exclusividade por VEJA.

O Brasil é o país que tem a maior aceitação de vacinas entre os avaliados. Por aqui 57% dos respondentes disseram que tomariam a vacina contra Covid-19, caso o imunizante estivesse disponível. No México, a taxa é de 55% e na Itália, 47%. Espanha e Polônia apresentaram as maiores taxas de rejeição, com menos de 50% das pessoas dispostas a tomarem qualquer vacina para se proteger.

O dado corrobora uma pesquisa anterior, realizada pelo Global Advisor, em associação com o Fórum Econômico Mundial, que revelou que o Brasil é segundo país do mundo mais disposto a se vacinar, atrás apenas da China.

Apenas 16% dos brasileiros disseram que não tomariam a vacina. A preocupação com possíveis efeitos colaterais é o principal motivo alegado pelos participantes, contando com 58% das respostas. Em seguida está a descrença na efetividade da vacina (23%). Questões religiosas e políticas também apareceram em uma minoria de respostas.

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“Os resultados mostram que as pessoas querem se vacinar, mas estão com alguns receios. Acredito que, se os brasileiros tiverem mais acesso à informação ou mais opções de vacinas, haverá um número maior de pessoas dispostas à imunização”, diz Fábio Pires desenvolvedor da pesquisa e líder em Experiência do Paciente na Doctoralia.

Outro importante questionamento foi sobre os cuidados a serem tomados, mesmo após a vacinação. A resposta mais frequente entre os brasileiros foi a manutenção da utilização do álcool em gel, com 38%. O uso de máscaras vem em segundo lugar, com 34% das respostas; seguida do distanciamento social (24%). Apenas 2% disseram que não pretendem continuar com nenhuma medida preventiva.

Telemedicina

A plataforma avaliou também a percepção e intenção das pessoas sobre a telemedicina. A ferramenta se tornou fundamental para a continuidade dos atendimentos médicos de forma segura durante a pandemia. Seu exercício foi autorizado e regulamentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde em março de 2020 como medida emergencial.

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Ao serem questionados sobre sua experiência com a telemedicina, 68% de todos os respondentes avaliaram como positivas. Os principais motivos apontados pelas pessoas que não gostam de usar a ferramenta são: 69% preferem contato face a face, 22% acreditam que não vai resolver suas necessidades e 6% disseram que não dominam a tecnologia.

No Brasil, a ferramenta parece ter uma ótima aceitação. Cerca de 80% dos respondentes brasileiros disseram estar dispostos a utilizá-la, mesmo com o fim do isolamento social. Este foi o resultado mais significativo entre os países participantes.

Neste sábado, 9, o Brasil teve médias moveis em 51.370 casos confirmados e 986 mortes.

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