Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Popó: “Meu filho é gay. E daí?”

Boxeador diz que não é “normal” que um homem goste de outro, mas respeita e apoia seu filho. E avisa: se alguém destratar o garoto, ele vai partir para cima

Por Rafael Valesi Atualizado em 19 ago 2017, 06h00 - Publicado em 19 ago 2017, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por que decidiu tornar pública a orientação sexual de seu filho? Sou tranquilo e tenho uma abertura grande com ele. Sei que há pessoas que sofrem com isso, principalmente na relação pai e filho. Falei no Dia dos Pais a um programa de TV e já havia postado na minha rede: “Meu filho é, e daí?”. Quero diminuir o preconceito.

    Como descobriu a orientação dele?  A própria família chamou atenção. Também fui reparando no jeito e no comportamento dele. Até que o abordei dizendo que o criei como homem, sempre o enxerguei como homem, nunca lhe havia dado uma boneca. Ele respondeu: “Pai, eu sinto atração por homens e também meninas, mas não sei ainda”. Após alguns meses, ele me apresentou um namoradinho. Acho que eles estão juntos há cinco meses.

    E a família, como reagiu? Achamos legal quando acontece na família dos outros. Quando é na nossa, não sabemos a reação que teremos. Graças a Deus, encarei com naturalidade. Percebi que o maior preconceito vem da própria família, na qual as pessoas deveriam procurar mais apoio e força.

    Como se sente depois de falar publicamente? Sinto-me numa situação confortável. Falei de um problema… um problema, não; um assunto sério, que envolve um filho que criei como um homem e vejo gostando de outro homem, uma situação oposta. Sou pai de seis, fui casado, e tive de ter maturidade para falar. Não acho que seja normal, mas é algo que a gente tolera e respeita. A única coisa que eu pedi a ele foi respeitar-se, respeitar seu pai, sua casa e sua família. Eu disse: “A sociedade ainda não está aberta a isso. Estude, tenha um bom trabalho para não depender de nada nem de ninguém”.

    Continua após a publicidade

    Se presenciasse alguma cena de preconceito contra seu filho, o que faria? Teria a reação de defesa de um pai. Partiria para cima.

    O senhor já teve adversário homossexual no boxe? Não. O que acontecia mais eram brincadeiras de um professor que fazia massagem na virilha de um e de outro. Mas era só brincadeira e curtição com o outro.

    Publicado em VEJA de 23 de agosto de 2017, edição nº 2544

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.