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Pai patrão

Morre Joe Jackson, pai do popstar Michael Jackson, aos 89 anos

Por Da Redação Atualizado em 29 jun 2018, 06h00 - Publicado em 29 jun 2018, 06h00

Perto de Joseph “Joe” Jackson, os piores padrastos e madrastas dos contos de fadas eram doces paladinos do amor familiar. O patriarca da família Jackson empenhou-se em transformar os filhos nos maiores sucessos do showbiz mundial. Para tanto, submetia os meninos a surras de cinta e sessões de coação moral, método empregado para que aprendessem as músicas e coreografias criadas por ele. Assim Joe Jackson construiu, em 1964, o Jackson Five, uma máquina de produzir hits da gravadora Motown. O mais jovem do grupo — tinha 6 anos quando começou a cantar — sobressaiu: Michael Jackson iniciou sua brilhante trajetória-solo em 1972, em paralelo com o Jackson Five. Janet Jackson, a irmã mais nova do clã, também se tornou uma estrela — com a morte de Michael, em 2009, restou como a única da família a ter uma carreira relevante. Joe admitia ter submetido os filhos a castigos rigorosos, mas nunca se desculpou por isso. Alegava que foi a melhor maneira de livrá-los da pobreza.

Joe Jackson nasceu em Fountain Hill, Arkansas, em 1928. Em 1949, casou-se com Katherine Scruse, com quem teve nove filhos. Tentou a vida como boxeador e músico, sem sucesso. O sonho frustrado de fama e fortuna ele realizou por meio dos filhos: foi ao ver um deles, Tito, tocar sua guitarra que Joe teve a ideia de reunir sua prole masculina em uma banda mirim. Nos últimos tempos, sofreu três infartos, alguns derrames e apresentava sintomas de demência. Em 27 de junho, dois dias depois do nono aniversário da morte de Michael — sua grande estrela e a maior vítima de seus abusos físicos e verbais —, Joe Jackson sucumbiu a um câncer no pâncreas, em Los Angeles, aos 89 anos.


Luz nos pecados da Igreja

A americana Kathy Shaw foi uma das responsáveis por revelar ao mundo os fatos que moldaram o maior escândalo recente do catolicismo: os assédios sexuais cometidos por clérigos tendo crianças como vítimas. Seu trabalho mais conhecido teve início quando era repórter em Massachusetts, nos Estados Unidos. Ali, em 2003, ela publicou uma reportagem em que apresentava um documento no qual o Vaticano exigia de seus líderes sigilo no trato de casos de abuso cometido por padres pedófilos. A descoberta a levou a lançar um blog sobre o assunto e a auxiliar a equipe do jornal Boston Globe que investigou episódios de assédio encobertos por arquidioceses. A história foi narrada no filme Spotlight, vencedor do Oscar de 2016. Kathy Shaw morreu no domingo 24, aos 72 anos, em Massachusetts.


Imagens de denúncia

APARTHEID DO COTIDIANO – Goldblatt: a violência é silenciosa (Francois Guillot/AFP)

O fotógrafo sul-africano David Goldblatt começou a expor o regime racista do apartheid em 1948, aos 18 anos. Por meio de cenas do dia a dia do seu país natal, ele mostrou com delicadeza e elegância a tensão e os arbítrios do regime. Preferia a banalidade das relações cotidianas entre negros e brancos aos violentos confrontos de rua, por exemplo. “Eventos não me interessam. Interessam-me as suas causas.” Morreu na segunda-feira 25, aos 87 anos, em Johannesburgo.

 

Publicado em VEJA de 4 de julho de 2018, edição nº 2589

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