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O eco das ruas de 1968

Os cinquenta anos daquele tempo dramático e extraordinário mostram como as mudanças ensaiadas no fim dos anos 1960 ajudaram a moldar o mundo de hoje

Por Da Redação Atualizado em 31 jan 2018, 15h13 - Publicado em 29 dez 2017, 06h00

Para o jornalista Zuenir Ventura, autor do mais bonito livro brasileiro sobre aquele tempo dramático e extraordinário, 1968 foi “o ano que não terminou”. Para Daniel Cohn-Bendit, o mercurial líder estudantil das ruas de Paris, “1968 acabou”, e por isso ele decidiu há séculos fugir do tema, como quem evita apenas beber do passado, talvez porque tenha se cansado de sempre dar as mesmas respostas diante das mesmíssimas perguntas — apesar de, contraditoriamente, um de seus filhos ter como fundo de tela no smartphone a foto clássica do pai com olhar irônico encarando um policial do governo de Charles de Gaulle. Mas, afinal de contas, 1968 acabou ou não? Zuenir Ventura tem razão, aqueles doze meses ainda ecoam como guitarras elétricas, embora Cohn-Bendit insista em querer virar a folhinha do calendário.

PRAGA, AGOSTO 1968
PRAGA, AGOSTO - Os tanques soviéticos sufocam o movimento democrático que ensaiava arejar o comunismo ortodoxo (JK/Magnum Photos/Fotoarena)

Cinquenta anos depois, 1968 não para de ser evocado, porque foi realmente especial — há nele doses consideráveis do charme permanente da cultura pop (Beatles, Rolling Stones, Caetano&Gil&Chico), há o terror do período mais duro da ditadura militar no Brasil, com a promulgação do AI-5, há o mundo mergulhado nos horrores da Guerra do Vietnã, assustado com o assassinato de Martin Luther King e de Bob Kennedy, além de uma sucessão espetacular de movimentos de jovens — quase sempre — que foram às ruas, para morrer se preciso fosse, contra o poder, qualquer poder, de direita ou de esquerda. No Brasil, eles protestavam contra as forças do governo de quepe que matou um estudante secundarista (Édson Luís, em março). Na Checoslováquia, esbravejavam contra os tanques soviéticos que esmagavam a Primavera Democrática (em agosto). Nas próximas dezesseis páginas, VEJA esmiúça os eventos daquele ano, ora em preto e branco, ora em cores, que moldou o mundo de hoje.

(Arte/VEJA)

Publicado em VEJA de 3 de janeiro de 2018, edição nº 2563

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