Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O engenheiro que fez um gigante

Morre, aos 94 anos, Eliezer Batista, o primeiro funcionário de carreira a assumir a presidência da Companhia Vale do Rio Doce

Por Da Redação Atualizado em 22 jun 2018, 06h00 - Publicado em 22 jun 2018, 06h00

O engenheiro Eliezer Batista fez carreira equilibrando-se habilmente entre os negócios e a atuação nas esferas federais. A obra de sua vida começou em 1961, quando ele assumiu a presidência da Companhia Vale do Rio Doce, a atual Vale, fundada em 1942. Foi o primeiro funcionário de carreira a alcançar o topo da então estatal. Nos 25 anos seguintes, com idas e vindas, transformou a empresa em um gigante mundial no ramo da mineração, líder na produção de ferro e níquel. Batista liderou projetos ousados, grandiosos e fundamentais para fazer da Vale o que ela é hoje.

É dele, por exemplo, a assinatura dos contratos de fornecimento de ferro a dez siderúrgicas japonesas que viabilizaram a construção do Porto de Tubarão, no Espírito Santo — uma via de escoamento que permitiu à companhia dobrar suas vendas para o exterior. Mais adiante, ele implantou o Projeto Carajás, de extração de minérios em uma área da Floresta Amazônica equivalente a 10% do território brasileiro, entre Pará, Maranhão e Tocantins. Afastou-se da empresa em 1986, por discordar da forma como a privatização, que viria a se concretizar em 1997, estava sendo tocada.

Enquanto expandia a Vale, Batista influenciava presidentes. Contratado por Jânio Quadros, foi mantido por João Goulart, que fez dele ministro das Minas e Energia (ocasião em que acumulou o cargo na mineradora). Demitido no golpe de 1964, voltaria à Vale a convite dos próprios militares. Foi secretário de Fernando Collor e assessorou Fernando Henrique Cardoso. Mineiro de Nova Era, casou-se duas vezes e teve sete filhos. Nos últimos tempos, era mais conhecido como o pai de Eike Batista, o ex-bilionário que perdeu tudo. Eliezer Batista morreu no Rio de Janeiro, na segunda-feira 18, aos 94 anos, de insuficiência respiratória aguda.


A sina do rap

Violência - XXXTentacion: a suspeita é de morte por vingança ou roubo (Matias J. Ocner/Miami Herald/TNS/Getty Images)

A manchete “Rapper é assassinado a tiros” tornou-se tragicamente costumeira. Na segunda-feira 18, ela voltou ao noticiário por duas vezes, com a morte dos americanos Jahseh Onfroy, o XXXTentacion, aos 20 anos, e Jimmy Wopo, aos 21. O primeiro foi baleado em Deerfield Beach, na Flórida. A suspeita é que o crime tenha sido motivado por vingança ou tentativa de assalto (na ocasião, um grupo armado foi visto circulando pelo local em uma SUV luxuosa). O artista era conhecido pelo temperamento violento. Chegou a ser preso por agredir uma ex-namorada, em 2016. Antes, cumprira pena por roubo. Horas após o homicídio, seu colega Wopo foi alvejado em sua cidade natal, Pittsburgh. De novo, desconfia-se de retaliação — o cantor esteve envolvido com tráfico de drogas. Ele e XXXTen­tacion tinham alcançado a fama recentemente — o número de cópias vendidas dos dois discos lançados por XXXTentacion ultrapassou a casa dos 2 milhões — e prometiam deixar as más condutas no passado. Não houve tempo para a mudança de rumo. Eles foram mortos em consequência de erros pregressos, da mesma forma que ocorreu com outros astros do rap. No Brasil, há o exemplo de Sabotage (1973-2003). Nos EUA, Tupac (1971-1996) e Notorious Big (1972-1997) foram os casos mais célebres.

Publicado em VEJA de 27 de junho de 2018, edição nº 2588

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.