5 regras de segurança originadas do mistério do avião da Malaysia
No relatório em que diz ser “inconcebível” a falta de resposta para a queda do avião, órgão investigador lista normas para evitar acidentes
Detecção automática de perigo no ar
Os modelos de avião desenvolvidos para voar de 2021 em diante serão obrigados a dispor de tecnologia para detectar situações de perigo no ar — como más condições climáticas — e terão de enviar de maneira automática à torre informações sobre sua localização. Até o acidente com o avião da Malaysia, o uso dessas tecnologias não era obrigatório.
Monitoramento a cada quinze minutos
Operadores da torre de controle deverão monitorar a posição das aeronaves a cada quinze minutos, metade do tempo observado hoje. Em caso de queda, informações mais atualizadas dos controladores permitirão restringir as áreas de busca.
Monitoramento a cada minuto em caso de emergência
Todas as aeronaves terão de ser equipadas, até 2021, com dispositivos de rastreamento autônomo capazes de transmitir informações de localização a cada minuto quando houver situação de emergência que exija, por exemplo, pouso forçado. Até o acidente da Malaysia, o dispositivo de envio automático não era obrigatório, mas disparado por iniciativa do piloto.
Transmissão de dados e voz em tempo real
Os aviões deverão ter aparelhos com capacidade de gravar dados e voz para ser transmitidos em tempo real à torre de controle. Em caso de queda, o equipamento tem de ser ejetado no ar e boiar, para facilitar a localização da aeronave. Hoje, essa tecnologia está disponível apenas para forças militares.
Aumento do tempo de gravação na cabine de comando
As gravações de voz na cabine de comando terão duração de até 25 horas, para que cubram desde a preparação para a decolagem até o período pós-pouso. Hoje, o máximo exigido é de duas horas.
Publicado em VEJA de 11 de outubro de 2017, edição nº 2551